Fontes Serif e fontes Sans Serif

Uma classificação das famílias  de fontes muitos mais geral que a DIN 16518-AtypI, porém muito utilizada em meios digitais, é a que divide as famílias tipográficas em Serif e Sans Serif.

As fontes serif  ou serifas têm origem no passado, quando as letras eram talhadas e gravadas em blocos de pedra, porém resultava difícil assegurar que as bordas das letras fossem retas. Por conta disso, o talhador desenvolveu uma técnica que consistia em destacar as linhas cruzadas para o acabamento de quase todas as letras, apresentando assim uns remates muito característicos nas extremidades das letras, conhecidos com o nome de serif.

Fonte Serif

Outra particularidade comum das fontes serif, derivada do fato de que as tipografias romanas se baseavam em círculos perfeitos e formas lineares equilibradas, é que as letras redondas como a o, c, p, b, etc, têm que ser um pouco maiores porque opticamente parecem menores quando se agrupam em uma palavra junto a ouras formas de letras.

A grossura das linhas das fontes serif modernas também tem sua origem na história. As primeiras se realizaram à mão implementando um cálamo ou uma ponta da haste, permitindo à ponta plana da pluma distintas grossuras de traçado. Esta característica se conservou pela beleza e estilo natural que traz às letras.

As fontes serif incluem todas as romanas. São muito apropriadas para a leitura seguida de longos textos, já que os traços finos e os remates ajudam ao olho a fixar e seguir uma linha em um conjunto de texto, facilitando a leitura rápida e evitando a monotonia.

Como exemplos de fontes serif podemos citar Book Antiqua, Bookman Old Style, Courier, Courier New, Century Schoolbook, Garamond, Georgia, MS Serif, New York, Times, Times New Roman e Palatino.

As fontes sans serif  ou etruscas fazem seu aparecimento na Inglaterra durante os anos 1820 a 1830. Não têm remates em suas extremidades (sem serif), entre seus traços grossos e finos não existe apenas contraste, seus vértices são retos e seus traços uniformes, opticamente ajustados em suas conexões. Representam a forma natural de uma letra que foi realizada por alguém que escreve com outra ferramenta que não seja um lápis ou um pincel.

Fonte Sans Serif

Associados desde seu início à tipografia comercial, sua legibilidade e durabilidade os faziam perfeitos para impressões de etiquetas, embalagens, e demais propósitos comerciais. Entretanto este uso motivou que fossem desapreciados por aqueles que se preocupavam pelos tipos belos e a impressão de qualidade.

As poucos, as fontes sans serif foram ganhando terreno às serif. Uma das razões de seu triunfo foi que os modernos métodos mecânicos de fabricação dos tipos estavam especialmente bem adaptados para este particular estilo de letra. Outra razão era que a ausência de remates e seus traços finos as tornavam muito apropriadas para letras grandes usadas em poucas palavras para ser vistas a uma certa distância, como é o caso de rótulos, cartazes, etc., elementos de comunicação cada vez mais em auge.

As fontes sans serif incluem todas as Serif, resultando especialmente indicadas para sua visualização na tela de um computador, sendo muito legíveis a pequenos tamanhos e belas e limpas a tamanhos grandes. Entretanto, não estão aconselhadas para textos longos, já que são monótonas e difíceis de seguir.

Entre as fontes sans serif encontram-se: Arial, Arial Narrow, Arial Rounded MT Bold, Century Gothic, Chicago, Helvetica, Geneva, Impact, Monaco, MS Sans Serif, Tahoma, Trebuchet MS e Verdana.

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