História – Países colonizadores – Espanha e Portugal

ESPANHA

O MEDO DO MAR

Para os europeus do século XV, viajar pelo oceano Atlântico era uma tarefa arriscada, pois para os marinheiros o oceano era cheio de mistérios. Visto que pouco se sabia do oceano Atlântico, muitas estórias foram inventadas. Como que em algumas partes desse mar suas águas ferviam , enquanto em outras partes elas desabavam em cachoeiras gigantescas.

Os países pioneiros em encarar esse oceano , foram Espanha e Portugal. Cada um seguiu seu próprio caminho para o desconhecido.

 

OS PRIMEIROS COLONIZADORES

HERNAN CORTEZ

Na navegação a Espanha foi representada por Cristóvão Colombo, que a serviço dos reis espanhóis, chegou a América antes dos portugueses. Desembarcou em 1492, na ilha de Guanani ( nome indígena), hoje San Salvador. Viajou mais de um mês no comando de três pequenas embarcações, na esperança de chegar as Índias. Acabou por descobrir um novo continente.

No século XVI, os espanhóis organizaram novas expedições para a conquistas de novas terras. Uma expedição de maior destaque foi a de Hernan Cortez , que conquistou e destruiu o império asteca, na atual região do México.

O interessante foi como Cortez conseguiu conquistar esse império. O imperador asteca, Montezuma e seu povo imaginaram que Cortez e seus homens eram deuses, por isso em vez de lutar e defender seu império, Montezuma mandou emissários com presentes para Cortez, para assim manter a paz. Mas os espanhóis, além de seus cavalos dispunham de outras armas de guerra, desconhecidas para o povo asteca.

Como os espanhóis estavam em menor número, eles procuraram conhecer bem a língua, a cultura daquele povo. Aos pouco foram entendendo a situação, eles eram considerados deuses, o império asteca era frágil. Por isso começaram a agir, passaram a fazer alianças com os povos inimigos dos astecas, além de obrigar Montezuma a mostrar os mapas dos territórios de seu império, os livros de impostos. Para assim conseguir descobrir os tesouros das lendárias riquezas do império asteca.

O confronto entre espanhóis e astecas começou quando Cortez teve de voltar em Vera Cruz e deixar as tropas em Tenochtitlán sob o comando de Pedro Álvaro. Em uma festa religiosa, Pedro manda fechar as porta do templo central e matar os nativos.

Foram mais de mil mortos. Mas os nativos reagiram, sob as ordens de Cuitlahuac, irmão de Montezuma. Enquanto o combate seguia, a cidade também passava por outra crise: as doenças trazidas pelos europeus, como exemplo um surto de varíola que também ajudou os europeus na conquista, pois essas doenças eram desconhecidas para os nativos e por isso eles não tinham defesa. No meio desses problemas o irmão do imperador morreu.

Cortez com um exército de 650 soldados, 194 mosqueteiros, 84 cavaleiros e milhares de nativo aliados, começou o ataque a Tenochtitlán. Visto que os guerreiros astecas não se deixaram vencer tão fácil, Cortez invadiu a cidade e envenenou as fontes de água. Em 75 dias muitos astecas morreram e passaram fome. Os nobres de destaque foram torturados para assim poderem falar onde estavam os tesouros da cidade.

Assim foi o fim do império asteca.

 

FRANCISCO PIZARRO

Houve também outro império que sofreu com achegada dos europeus. Foram os Incas, estes foram descobertos por Francisco Pizarro. Este chegou na região em 1532, que havia acabado der ter uma crise interna. Pois Atahualpa havia matado seu irmão. Pizarro, foi recebido por uma comitiva de paz, liderada pelo novo imperador, Atahualpa.

Mas Pizarro deixou claro que sua intenção não era a paz mas sim a conquista, pois matou os acompanhantes do imperador e o capturou, depois passou a exigir um quarto cheio de ouro e dois cheios de prata para poder libertar o imperador.

Meses depois a exigências de Pizarro foram atendidas. Ele por sua vez , fez uma “divisão justa” das riquezas- as partes para o rei, para a igreja, para os homens e a maior para ele próprio.

Atahualpa foi condenado e decapitado. Para dividir o império e torná-lo mais fácil de conquistá-lo, Pizarro nomeou vários postos de comando incas ligados a Huáscar.

 

RESULTADO DAS CONQUISTAS

Estas terras conquistadas foram divididas em quatro partes, os Vice-reinos: Nova Espanha, Nova Granada, Peru e Rio da Prata. Para governar essas regiões havia as audiências,tribunas, que eram responsáveis pela  justiça, além da igreja e as forças armadas. Além disso já começava a surgi o comércio e a mineração.

O governo também usava os cabildos, uma espécie de câmara municipal que controlava a polícia, fiscalizava os impostos e faziam vigorar as leis nas vilas e cidades. A igreja trabalhava junto ao governo para controlar as colônias. Por isso o rei teve de ser oferecer para ajudar na expansão do catolicismo. Visto que a igreja tinha um forte poder nas colônias, pois suas frentes principais eram as missões, que na verdade eram aldeamentos destinados a catequizar os índios para poder os integrar aos costumes europeus.

 

PORTUGAL

PRIMEIRAS EXPEDIÇÕES

Em 1498, Vasco da Gama, consegue chegar as Índias contornando a África. Com a intenção de arrumar um novo caminho, foi-se organizada uma nova expedição, desta vez comandada por Pedro Álvares Cabral.

Essa expedição saiu de Lisboa em 9 de março de 1500, com treze navios e cerca de 1500 homens, destes haviam os guardas, tripulantes e os religiosos. Ao chegar, batizaram o lugar de ilha de Vera Cruz, mas no ano seguinte este nome foi mudado para  Terra de Santa Cruz, e por fim em 1503 de Brasil.

Após a sua descoberta, Cabral seguiu viagem rumo as Índias, mesmo já não tendo toda sua frota de navios. Sua expedição foi um sucesso comercial , pois apenas um dos produtos trazidos do Oriente, a pimenta, já rendeu duas vezes o custo da viagem.

 

O INÍCIO DA EXPLORAÇÃO- MADEIRA PAU-BRASIL

O comércio de especiarias orientais passou a se destacar na economia.

Isso explica o pouco interesse de Portugal nas três primeiras décadas após a viagem de Cabral. No começo Portugal enviava ao Brasil apenas expedições para conhecer e investigar o litoral,coletar espécies e combater piratas e navios de outros países.

O principal produto de comércio da Brasil era o pau-brasil, mesmo tendo valor inferior ao das mercadorias Orientais. Até 1504 Fernão de Noronha junto com comerciantes judeus era responsável  pelo comércio de pau-brasil.

Além dos portugueses, os espanhóis também tinham interesse pelo pau-brasil, fizeram até mesmo algumas expedições para a exploração dessa mercadoria, mas respeitando o tratado de Tordesilhas.

Também os franceses tentaram a exploração, mas de maneira ilegal, através do contrabando. Com tantos exploradores desta madeira, os efeitos foram logo sendo visto, a destruição das florestas. Os ladrões tinham a ajudas dos índios, conhecedores das florestas, cortavam a madeira, e a levavam até os navios em troca de produtos, como peças de tecido, roupas, facas canivetes e outros.

Essa exploração de madeira não tinha por objetivo o estabelecimento de povoados. Os franceses e portugueses se limitavam em fazer feitorias nas partes do litoral onde a madeira era mais abundante. Essas feitorias eram construções que serviam de depósito e fortalezas contra os concorrentes.

Essa concorrência entre franceses e portugueses acabou em conflitos armados.

Onde até mesmo o rei teve que agir. Em  1526, Dom João III, rei de Portugal, mandou para a América algumas expedições punitivas, para assegurar suas terras. A exploração da madeira pau-brasil foi até o século XIX.

 

POPULAÇÃO INDÍGENA

A população indígena estava em torno de três a cinco milhões de pessoas. Era a união de várias tribos indígenas: tupinambás, portiquares, guaranis e outros.

Geralmente estes povos tinham costumes e línguas diferentes entre si.

Não tinham um estado organizado. Cada povo e sua cultura. A cultura da roça pertencia a toda a tribo,as tarefas relacionadas com o plantio da roça, coletar, fabricar, fiar e tecer e cuidar das crianças eram tarefas designadas para as mulheres da tribo.

Para os homens cabia a responsabilidade de derrubar as árvores e preparar a terra, caçar,pescar, fabricar casas e armas.

Geralmente os povos indígenas moravam em regiões hostis, devido as grandes florestas. Isso serviu como uma grande vantagem, pois eles se tornaram bons conhecedores da natureza. Um exemplo: eles sabiam de plantas que serviam de veneno, que eles aplicavam na água para facilitar a pesca. Além disso o veneno era usado em outras situações como rituais e festas. O uso variava de tribo para tribo.

Havia as pinturas corporais ,as cores mais usadas eram  o vermelho do urucum, o azul-escuro do jenipapo, o preto do pó de carvão  e o branco do calcário.

A pintura variava de acordo com a situação ou ritual a ser usado.

Este conhecimento indígena foi útil para que os europeus sobrevivessem no novo continente, nos primeiros anos da colonização. Para só depois começarem a impor sua própria cultura.

Fonte: http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/adrienearaujo/historia022.asp

Deixe um comentário