As 4 tendências para 2024 que vingaram no setor de tecnologia
Todo final de ano empresas, pesquisas e personalidades do setor de Tecnologia buscam prever as tendências para o próximo ano, quais os direcionamentos da indústria, os investimentos do mercado e os produtos que serão desenvolvidos. Com 2024 não foi diferente e com a chegada do final do ano, o IT Forum fez um compilado das previsões para este ano que realmente se concretizaram em desenvolvimento.
Confira as tendências do setor de tecnologia que vingaram em 2024:
Edge Computing
Reflexo do maior investimento em cibersegurança das empresas, as tecnologias de edge computing receberam um grande investimento ao longo do ano. Segundo a Brasscom, o setor de data centers no Brasil deve gerar US$ 2,07 bilhões em receitas até o final de 2024 e a projeção é de maior crescimento para 2025.
De acordo com a entidade, até 2029, o país contará com 180 estruturas e receberá sozinho 50% dos investimentos do setor na América Latina, saltando para US$ 3,5 bilhões em receitas.
A rede 5G
Com projeções para estar ativo em todo o país até 2029, a tecnologia do 5G fez grandes avanços este ano. Em novembro, a Anatel e a Entidade Administradora da Faixa (EAF) anunciaram a conclusão da liberação da faixa 3,5 GHz em todas as cidades do país, um passo importante para a implantação do 5G em território nacional.
De acordo com a Anatel, as empresas de telefonia não só atenderam 100% das metas previstas para este ano, como já cumpriram 70% das metas fixadas para 2025. Ainda em 2024, o país iniciou as conversas em torno do 6G, próximo upgrade de rede, que deve chegar ao mundo também em 2029.
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Além dos avanços no país, mundialmente a Qualcomm e a Aramco Digital anunciaram em setembro os primeiros processadores do mundo com suporte nativo para 5G no espectro de 450 MHz.
IA na saúde
Entre prontuários médicos, fichas de histórico e exames, a saúde se beneficiou muito do avanço da inteligência artificial este ano para o processamento de dados. De acordo com uma pesquisa realizada pela Arcadia, o setor gera aproximadamente 30% do volume de dados mundial, sendo que apenas 97% desses dados são aproveitados.
Um relatório do DataBricks mostrou que de todos os setores analisados, entre eles Educação, Finanças, Mídia e Varejo, a esfera de Saúde e Ciências da Vida teve o maior uso de linguagem NLP em 2024, em 69%, principalmente por meio de chatbots para interagir com os pacientes e atualizar os prontuários eletrônicos, reduzindo as atividades administrativas das equipes médicas. A tecnologia também tem sido usada para análise de pesquisas clínicas e estimular a criação de novos medicamentos para o mercado.
Em junho, o uso da inteligência artificial na assistência médica foi um dos assuntos debatidos pelo Grupo de Trabalho da Saúde no G20. No encontro, países como a Angola relataram que tem usado a tecnologia para acelerar a identificação de doenças e a Organização Mundial da Saúde (OMS) reforçou que para maiores avanços, é necessário trabalhar na equidade do acesso.
Até 2026, o Brasil pretende investir até R$ 42 bilhões para o desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, que tem como um dos focos, o desenvolvimento da inteligência artificial para a detecção precoce de doenças.
IA generativa
Desde o lançamento do ChatGPT no final de 2022, a IA generativa tem recebido atenção especial dos players da indústria. Um relatório da ISG Provider Lens, divulgado em novembro deste ano, mostrou que, se em 2023 a tecnologia era vista com desconfiança pela indústria brasileira, em 2024 ela foi adotada como solução para o crescimento da produtividade e maior automação de processos.
Ainda de acordo com a ISG, a confiança veio de um investimento maior dos desenvolvedores de IA em solucionar problemas de segurança e alucinação da tecnologia. As aplicações mais comuns entre as empresas tem sido a análise de dados, a construção de gráficos e mapas, o atendimento aos clientes de forma personalizada por meio chatbots e até no desenvolvimento de softwares.
Um estudo feito pela OutSystems, mostrou que 81% dos profissionais de TI globais estão usando IA generativa para auxiliar na codificação tradicional. De acordo com 74% dos entrevistados, as organizações planejam construir dez ou mais aplicações nos próximos 12 meses.
O caminho traçado até aqui pela IA generativa abriu espaço para a tendência apontada para 2025: os agentes de IA.
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