5 motivos para um líder tomar decisões sustentáveis

meio ambiente, sustentabilidade, tecnologia verde

Mais uma tempestade vem se formando em torno da sustentabilidade e, para quem acompanha o assunto há anos, é uma discussão que surpreende por dividir opiniões – e ações – entre as grandes potências.

Enquanto algumas empresas nos EUA se mobilizam para remover a pauta ESG da agenda de investimentos, na Europa foi aprovada a Diretiva de Devida Diligência de Sustentabilidade Corporativa (CS3D), que obriga empresas de todos os setores com mais de mil empregados e faturamento global acima de 450 milhões de euros a verificar suas cadeias de valor, desde a extração da matéria-prima à distribuição do produto.

Isso inclui produtores e fornecedores que a princípio não têm relação comercial direta com o continente, ou seja, as subsidiárias brasileiras de grandes empresas europeias também terão de verificar suas cadeias para reportar à matriz europeia se quiserem manter os negócios.

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Este contraste é impressionante devido à consciência que existe sobre a importância da sustentabilidade. As pessoas deveriam fazer a sua parte para reduzir as emissões de carbono e cobrar as empresas e governos para agirem de forma sustentável.

Isso impacta todas as áreas, desde decisões de pequena escala, como comprar um novo notebook, em grande escala, como o que será adquirido em tecnologia de uma empresa, e em decisões macro dos governos e da indústria.

Embora muitas empresas tenham abraçado a necessidade de serem mais sustentáveis, aqui estão cinco motivos para quem ainda precisa de um empurrãozinho.

1. Se você não faz, o seu concorrente faz

O ritmo da mudança pode parecer lento e complicado, pois há muitos caminhos a escolher e muitas metodologias diferentes a seguir. Comece com a medição (Escopo 1, 2 e 3) para compreender o ponto de partida específico da sua empresa.

Quando compreender esta situação, observe as estruturas externas para planejar como reduzir as emissões e mapear o progresso. Estas estruturas também servem para criar um padrão no mercado e quem estiver dentro da meta é quem terá mais chances de se manter à frente da concorrência.

2. Mais do que um diferencial para o cliente

Tenha em mente que a sustentabilidade não é só mais um compromisso burocrático, é um critério empresarial para seleção de fornecedores. Há alguns anos, os clientes não questionavam o quão sustentável é a tecnologia ou o que os fornecedores podem fazer para ajudá-los a reduzir o consumo de energia, por exemplo.

Agora o jogo está mudando. Cada vez mais as empresas exigem que os fornecedores de TI se adequem a determinadas normas e demonstrem números precisos para a redução do consumo de energia, caso contrário não serão considerados.

Os parceiros de canais também estão desenvolvendo as suas próprias práticas dedicadas à sustentabilidade. E, nesta disputa de mercado, quem se destaca cada vez mais são os que identificam tecnologias realmente sustentáveis e os que conseguem orientar os clientes em relação ao melhor caminho a seguir.

Entre as tendências, está a tecnologia flash para armazenamento de dados, com soluções projetadas para atuar com até 85% mais eficiência em termos de energia e ocupar menos espaço físico nos data centers – além de exigir menos energia para funcionamento e resfriamento. O lixo eletrônico é outro ponto crítico. As empresas buscam opções de tecnologia que reduzam o volume e a regularidade do descarte de dispositivos.

3. Ampliar as oportunidades econômicas

Haverá uma onda de novas empresas surgindo para atender a uma demanda crescente no mercado para apoiar estratégias de sustentabilidade. As empresas que não conseguirem provar que estão avançando para reduzir as suas emissões de carbono ou para cumprir as metas dos Escopos 1, 2 e 3 estarão em alto risco de perda de oportunidades de negócios – e financeiras. É fundamental começar a abordar as questões ESG de todos os ângulos diferentes.

Além disso, as empresas que há anos fornecem soluções mais sustentáveis colherão os frutos em termos financeiros, de satisfação do cliente e de redução de carbono, nos ambientes de ambos.

4. Uma questão ética

A evidência está aí: temperatura global excedeu 1,5ºC graus durante um período de 12 meses, um marco que posicionou o ano de 2023 como o mais quente da história desde 1850.

Para garantir o futuro das novas gerações e do próprio planeta, é crucial fazer mais para gerenciar e reduzir as emissões e o consumo de energia. Se não fizermos o suficiente para desacelerar o aquecimento global, este problema rapidamente se tornará muito mais caro.

Além das perdas financeiras e de negócios, podemos esperar que seja necessário deslocar permanentemente milhares (e até milhões) de pessoas de seus países/continentes, pois algumas regiões podem se tornar simplesmente inabitáveis.

5. A nova geração se importa com cada letra do ESG

De forma geral, as novas gerações de talentos não querem trabalhar para empresas com discursos vazios. Os profissionais e futuros membros das equipes são stakeholders importantes que precisam ser levados em conta quando se trata de tomar decisões baseadas em critérios de sustentabilidade, ou nos aspectos de responsabilidade social e governança corporativa de ESG.

Enfrente a tempestade

Para muitas empresas, se tornar mais sustentável é uma escolha óbvia, que abrirá novas oportunidades de negócios para inovação e crescimento para quem se tornar expert e olhar para o futuro.

Recentemente, um analista do Barclays apelou às empresas de TI para que assumam um papel mais ativo e contribuam com energia de volta para a rede, gerando mais energia renovável, por exemplo. Se todas as empresas e governos fizerem progressos, será mais fácil abraçar esta mudança e superar os desafios para garantir um futuro sustentável para o nosso planeta.

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