Gartner: mundo terá 85 milhões de veículos elétricos até o fim de 2025

Até o fim de 2025, estarão em circulação no mundo 85 milhões de veículos elétricos (EVs) – incluindo carros, ônibus, vans e caminhões pesados. Serão 64 milhões de unidades em uso ainda em 2024, com um aumento estimado de 33% para 2025, indica o Gartner, em previsão lançada recentemente.
“Muitas empresas superestimaram a rapidez com que a transição para os veículos elétricos iria ocorrer, o que levou ao atraso no lançamento de novos modelos”, diz em comunicado Jonathan Davenport, analista do Gartner. “O crescimento em 2025 será impulsionado principalmente por um aumento nas vendas de veículos elétricos na China (58%) e na Europa (24%) que, juntas, deverão representar 82% do total da frota elétrica em uso no mundo.”
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Os analistas do Gartner estimam que os veículos elétricos a bateria (BEVs) irão somar 62 milhões de unidades até o fim de 2025, aumento de 35% em relação a este ano. Os veículos elétricos híbridos (PHEVs) devem crescer em ritmo um pouco mais lento, alcançando base instalada de 23 milhões em 2025, aumento de 28% em relação a esse ano.
China na liderança de veículos elétricos
A quantidade de veículos elétricos na China deverá continuar maior que a base instalada combinada do resto do mundo até 2025 – e possivelmente na próxima década, diz o Garter. Mas a demanda crescerá na Europa e na América do Norte, que juntas devem representar 36% dos veículos elétricos globais em 2024.
Em 2025, o Gartner estima que 49 milhões de veículos elétricos estarão nas ruas da China, em comparação com 20,6 milhões da Europa e 10,4 milhões da América do Norte.
Reciclagem de baterias
Um dos pontos mais sensíveis sobre a eletrificação da frota global é a reciclagem das baterias. Segundo o Gartner, as montadoras irão permitir a reciclagem de 95% das baterias de veículos elétricos para mitigar o risco de escassez de matérias-primas até 2030. Com as vendas aumentando, a escassez de matérias-primas não será fácil de resolver, diz a consultoria.
“Um esforço robusto de reciclagem para aproveitar os materiais de baterias usadas e sobras do processo de produção, juntamente com os esforços da União Europeia para exigir a reciclagem de baterias, poderia reduzir a necessidade de mais extração mineral”, diz Davenport. “Como as concentrações de metais raros nas baterias são maiores do que nos minérios naturais, as unidades usadas podem ser vistas como minérios altamente enriquecidos.”
Segundo o analista, se recuperadas em larga escala, as baterias usadas poderiam sustentar a viabilidade comercial dos veículos elétricos. Além, claro, de “impedir que as baterias fossem descartadas de forma antiética ou enviadas para aterros sanitários.”
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