Para 88% dos profissionais, mulheres são sub-representadas na liderança

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É quase unanime: apesar de as empresas estarem investindo mais esforços para reduzir lacunas de gênero entre os funcionários, as mulheres continuam sub-representadas em cargos de liderança e de gestão. É o que dizem 88% dos ouvidos por um estudo divulgado essa semana pela consultoria de recrutamento Robert Walters.

Foram ouvidos 700 profissionais em posições de gestão de distintas áreas e 300 responsáveis por recrutamento em empresas de diferentes setores. O objetivo foi entender a situação atual das mulheres no mercado de trabalho.

Para a consultoria, as empresas precisam descobrir como podem atrair e reter talentos femininos. Mas o cenário descoberto pelo estudo não é dos melhores: apenas 49% das empresas avaliam se a força de trabalho é equilibrada em termos de gênero, e só 34% têm planos específicos para promover diversidade no processo de seleção, desenvolvimento e retenção.

Para 75% dos profissionais entrevistados, políticas de educação e formação sobre diversidade de gênero no ambiente de trabalho deviam ser implementadas. Só metade acredita que a gestão da diversidade de gênero na sua empresa é transparente ou aberta.

Falta clareza no RH

Segundo o estudo, as empresas enfrentam dois desafios principais: primeiro, como desenvolver uma estratégia eficaz para garantir diversidade de gênero no local de trabalho; e, segundo, como comunicar essa estratégia aos funcionários atuais e potenciais.

Nas áreas responsáveis pela implementação e promoção de políticas de diversidade de gênero, 72% dos profissionais afirmaram que deve ser a direção geral da empresa, seguida do departamento de recursos humanos (26%) e marketing (2%).

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Duas a cada três empresas utilizam métodos para garantir imparcialidade nos processos de seleção: 55% asseguram que as candidaturas são revistas por várias pessoas, e 24% optam pela formação dos responsáveis de contratação para que sejam imparciais em relação ao gênero – medida considerada mais eficaz por 89% dos profissionais entrevistados.

“As empresas que lideram práticas que asseguram a igualdade de oportunidades têm uma força de trabalho sólida e a longo prazo, bem como uma vantagem competitiva num contexto de escassez de talento”, pondera Gerrit Bouckaert, CEO Robert Walters e Walters People. “Estas empresas que garantem a diversidade no local de trabalho demonstram mais criatividade e inovação nos seus projetos e negócios, como certificam 77% dos recrutadores que participaram neste estudo”.

Exigências para a retenção

Para nove em cada 10 mulheres, o melhor método para manter profissionais comprometidos e satisfeitos com a organização é dar um caminho claro para a progressão de carreira. Além disso, 48% afirmam que ter um trabalho gratificante é a principal prioridade profissional.

Aspectos relacionados com a flexibilidade laboral são determinantes. Grande parte das mulheres valoriza medidas mais atraentes de conciliação da vida pessoal com a profissional (74%), horários flexíveis ou a possibilidade de trabalhar de casa (61%).

Outros fatores-chave numa mudança de trabalho incluem um ambiente colaborativo e de trabalho em equipa (63%), bem como um espaço para expressar opiniões livremente (56%).

Da mesma forma, 57% das mulheres mudariam de emprego por uma melhor política de maternidade. Para 63%, o fato de terem optado por uma medida de conciliação abrandou ou pode abrandar a sua projeção profissional.

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