De PhD em matemática a líder em IA: Sherry Marcus lidera avanços no Bedrock da AWS
Sherry Marcus, diretora de Bedrock Science na Amazon Web Services (AWS), carrega na bagagem uma jornada de mais de duas décadas na interseção entre matemática, inteligência artificial (IA) e inovação tecnológica. Com um histórico que vai desde a atuação em órgãos governamentais até a liderança de projetos revolucionários, ela destacou ao IT Forum sua missão de simplificar e democratizar o acesso à inteligência artificial generativa em empresas em diferentes setores.
Graduada em matemática com um doutorado na área, a executiva inicialmente pensava em seguir carreira acadêmica, mas sua trajetória mudou aos 27 anos. “Precisava de um emprego e considerei Wall Street ou o governo. Optei pelo governo, onde os projetos já eram muito voltados para IA, mesmo antes de o termo ‘big data’ ser popularizado”, lembra. Desde então, a especialista dedicou-se ao desenvolvimento de aplicações de machine learning em larga escala. Depois, migrou para o setor privado.
No Bedrock da AWS, ela lidera o desenvolvimento de componentes como guardrails, destilação de modelos e agentes de IA. “Minha equipe trabalha para tornar a IA mais acessível, ajudando os clientes a escolherem e implementar modelos com poucos cliques. Estamos simplificando processos complexos, permitindo que pequenas e grandes empresas utilizem IA generativa de forma eficaz.”
Bedrock e a promessa de IA generativa simplificada
O Bedrock é um serviço de IA generativa da AWS que permite aos clientes escolherem entre vários modelos e criar aplicações personalizadas. Um dos avanços mais empolgantes anunciados no re:Invent 24, que acontece nesta semana em Las Vegas* (EUA), segundo Sherry, é a funcionalidade de avaliação de modelos. “É possível testar diferentes modelos com seus conjuntos de dados, avaliando custos, precisão e latência. Isso reduz incertezas e encoraja a adoção da tecnologia.”
Outro destaque é a destilação de modelos, que permite treinar modelos menores e mais acessíveis sem comprometer a precisão. “Essa abordagem democratiza o acesso a capacidades de IA avançadas a um custo significativamente menor”, explica ela, que completa: “Estamos capacitando pequenas empresas a realizar tarefas complexas de maneira simples, como planejar viagens personalizadas usando agentes de IA. É um privilégio trabalhar com uma equipe incrível e contribuir para a democratização da tecnologia”.
Com iniciativas como o Bedrock, a executiva acredita que a AWS está liderando uma nova era de inteligência artificial, em que a tecnologia é mais acessível, eficiente e segura. E para ela, essa é apenas a ponta do iceberg. “Estamos apenas começando a explorar o potencial da IA generativa, e é emocionante pensar no que ainda está por vir.”
Ética e segurança
Falando sobre ética e prevenção de bias na IA, a executiva aponta que a AWS incorpora guardrails e mecanismos de avaliação para garantir que os modelos sejam utilizados de forma ética e segura. “Desde a concepção até a produção, garantimos que os dados usados sejam apropriados e sem informações sensíveis. Temos controles rigorosos para evitar preconceitos e proteger a privacidade”, afirma.
Ela reforça que a segurança é uma prioridade, especialmente em IA generativa, em que os resultados nem sempre são previsíveis. “Filtramos perguntas inadequadas antes mesmo que cheguem ao modelo e monitoramos as respostas antes de entregá-las ao cliente.”
*A jornalista viajou a convite da AWS
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