Radix mira crescimento global e aposta em tecnologia e engenharia para impulsionar valor ao cliente

João Carlos Chachamovitz, CEO da Raxix, sorrindo em um escritório moderno com estantes cheias de livros e plantas ao fundo. Ele veste uma camisa azul e está sentado à mesa, transmitindo simpatia e profissionalismo

Prestes a completar 15 anos de existência, em março de 2025, a Radix, empresa de tecnologia e engenharia que nasceu com DNA maduro graças à bagagem de mais de três décadas de experiência dos seus fundadores, planeja uma nova fase de crescimento acelerado no mercado internacional.

A companhia, que começou com apenas seis colaboradores e hoje reúne cerca de 2 mil funcionários, tem como objetivo ampliar sua presença global e atingir, em 2027, mais da metade de sua receita fora do Brasil. Foi o que revelou o CEO, João Carlos Chachamovitz, conhecido como Chacha, em entrevista ao IT Forum.

“Já nascemos maduros, o Benjamim Button da TI”, brinca o executivo, ao relembrar a origem da Radix, que desde o início carrega a missão de resolver problemas complexos da indústria por meio da tecnologia. Em seus projetos, a atuação vai além do desenvolvimento de software: abrange desde automação até a implementação de plataformas de dados e inteligência artificial, com foco sempre no valor entregue ao cliente.

“Misturamos conhecimento do negócio, do cliente, com a tecnologia e a equipe. Esse é o nosso grande diferencial.”

A trajetória da Radix teve início no segmento de energia, especialmente em óleo e gás. A relação com grandes marcas, como a Petrobras, formou o perfil da empresa, habituada a atuar em projetos de elevada criticidade, 24 horas por dia, sete dias por semana.

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Com o tempo, a diversificação tornou-se prioridade. Há dez anos, a Radix abriu um escritório em Houston, nos Estados Unidos, buscando expandir horizontes além do Brasil. Hoje, a operação norte-americana conta com cerca de 50 pessoas, parte delas locais, e integra um conjunto de profissionais espalhados também pela Europa e Ásia, totalizando 80 funcionários no exterior que respondem por cerca de 37% da receita total.

“Não queremos ser apenas uma empresa de exportação. Queremos ser globais, reconhecidos como um player de tecnologia que resolve problemas relevantes no mundo inteiro”, afirma Chacha. A estratégia é seguir os grandes clientes globais, muitos deles multinacionais do setor de energia, e já conta com projetos em 37 países, além de um escritório na Europa, sediado em Amsterdã, focado em temas de transição energética.

Atuação especializada

A Radix atua hoje em três grandes segmentos: energia (incluindo óleo e gás), manufatura e serviços. Ainda majoritariamente voltada para o primeiro – cerca de 75% das operações –, a empresa mergulha em novos modelos de negócio.

“Estamos desenvolvendo projetos de hidrogênio, energia solar e outras fontes renováveis”, explica o CEO. Além disso, a implementação de plataformas de dados estruturados tornou-se um ponto de destaque. Esses ambientes permitem contextualizar informações e criar casos de uso voltados à otimização de processos, manutenção preditiva e até soluções de inteligência artificial própria do cliente.

A cultura corporativa é outro pilar importante na estratégia da empresa. “Sempre quisemos ser um ótimo lugar para trabalhar. Já fomos eleitos várias vezes como a melhor empresa para se trabalhar no Rio de Janeiro e no Brasil”, lembra Chacha.

A Radix aposta na formação e desenvolvimento de talentos por meio de academias de liderança e programas de capacitação, além de manter um modelo de trabalho híbrido, sem imposições rígidas. “Acreditamos no equilíbrio. O presencial é importante para criar cultura e colaboração, mas também queremos aproveitar a flexibilidade do remoto. O foco é proporcionar uma experiência muito boa no presencial para que, quando as pessoas se reúnam, isso seja valioso.”

Balanço de 2024 e o que vem por aí na Radix

O ano de 2024 trouxe crescimento, sobretudo nos Estados Unidos, alcançando uma taxa de cerca de 20%, revela o executivo. Para 2025, a perspectiva é ainda melhor no exterior, embora o Brasil apresente desafios adicionais, marcados pelos impactos de um ambiente econômico menos favorável. “Ao mesmo tempo, isso pode impulsionar a demanda por produtividade e performance, áreas em que nossas soluções se encaixam perfeitamente”, pondera o CEO.

O olhar para o futuro é confiante. Com mais de 500 pessoas dedicadas a projetos globais, a meta é acelerar ainda mais o ritmo de expansão, aproveitando o “mix” entre engenharia, dados, automação e inteligência artificial para oferecer serviços de ponta a clientes exigentes e conectados mundialmente. “Estamos preparados para um crescimento acelerado agora, com expectativa grande nos próximos cinco anos”, finaliza ele.

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