Proibição de uso dos celulares nas escolas públicas de São Paulo começa nesta segunda
O retorno às aulas para cerca de 3 milhões de estudantes nas escolas públicas do Estado de São Paulo marca o início de uma nova era educacional com a implementação da proibição do uso de celulares nas instituições de ensino. Esta decisão, determinada pelo Ministério da Educação, tem como objetivo limitar o uso de dispositivos móveis dentro das salas de aula, durante intervalos e atividades extracurriculares. A nova lei, sancionada em janeiro pelo presidente Lula, permite o uso de celulares apenas em casos de emergência, atividades pedagógicas sob orientação dos professores e para acessibilidade de alunos com deficiência.
Para garantir o cumprimento da nova norma, a Secretaria da Educação de São Paulo divulgou diretrizes que orientam os professores a comunicar a gestão escolar em caso de descumprimento. Reincidências podem levar a conversas com a direção e, em situações mais graves, ao acionamento do Conselho Tutelar ou da rede protetiva.
O pediatra e sanitarista Daniel Becker alerta que o problema não reside na tecnologia em si, mas no uso excessivo do celular, que pode prejudicar o aprendizado e o desenvolvimento dos jovens. Ele destaca que o uso precoce de dispositivos móveis pode afetar a aquisição da linguagem, a coordenação motora e habilidades interpessoais.
A preocupação com o impacto do uso excessivo de celulares na educação e no desenvolvimento dos estudantes é um dos principais motivos para a implementação desta nova política. Além da proibição do uso de celulares, outras mudanças estão previstas para 2025, como o aumento da duração das aulas de 45 para 50 minutos, o que resultará em seis aulas diárias para alunos de período parcial.
Publicado por Luisa Cardoso