Nunes analisa três propostas para alagamentos no Jardim Pantanal; todas envolvem remoção de pessoas

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, recebeu três propostas da Secretaria de Obras, Planejamento e Infraestrutura para lidar com os alagamentos na região do Jardim Pantanal, zona leste de São Paulo. A Jovem Pan teve acesso ao documento. Todos envolvem remoção de famílias do local em maior ou menor grau. A primeira proposta, de macrodrenagem, envolve uma área de 250 mil m² em desapropriações e remoções, ou seja, 484 famílias retiradas do local. O desenho implica, ainda, na construção de um parque, um dique e sete reservatórios.

A segunda proposta, também na área de macrodrenagem, engloba obras de infraestrutura como a abertura de lagoas de acumulação de águas e também a reversão do Rio Tietê. Já a terceira tem como foco a retirada e a remoção de pessoas. Na área, seria construído um parque alagável, e cerca de 36.500 pessoas (ou seja, mais de 9.000 famílias) seriam retiradas do local. A proposta abrange, ainda, a construção de novos conjuntos habitacionais para abrigar essa população.

O Jardim Pantanal entrou, nesta terça-feira (4), no quarto dia de alagamentos. As fortes chuvas que atingem a capital desde sábado (1) prejudicam fortemente a região, que é margeada pelo Rio Tietê, exatamente em uma localizada em que o rio fica mais lento e faz curvas. Especialistas apontam que o local não deveria ser habitado, mas, sim, uma área de preservação ambiental — ela foi ocupada de forma irregular.

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Na segunda (3), Ricardo Nunes chegou a dizer que a gestão municipal pensa em indenizar e pagar um auxílio às pessoas que moram no local para incentivá-las a sair. Na data, no entanto, as propostas da secretaria ainda não tinham sido recebidas por ele, que faz a análise nesse momento.