2025: o ano que os agentes de inteligência artificial saem dos bastidores

*Por Nelson Leoni
Sem dúvida, 2025 chegou mudando os paradigmas sobre os agentes de inteligência artificial e consolidando-os como verdadeiros protagonistas da transformação digital e da sociedade. Os números não mentem. O investimento global em IA já ultrapassa cifras bilionárias, e o Brasil acompanha essa tendência por meio do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial, que tem a proposta de estar na vanguarda desse movimento.
Esse processo já é uma realidade. Empresas estão investindo fortemente no aprimoramento desses sistemas, tornando-os mais personalizados e eficientes. No Brasil, o investimento em IA por bancos e empresas estatais já ultrapassou R$ 2 bilhões, com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) liderando os repasses e destinando R$ 1,4 bilhão para projetos de IA entre 2023 e junho de 2024.
Um exemplo claro dessa evolução é a aplicação da IA nos negócios. Com a crescente demanda por automação e eficiência operacional, setores como e-commerce, atendimento ao cliente, marketing e finanças já incorporam agentes de IA que não apenas respondem perguntas, mas também analisam dados e sugerem soluções em tempo real. Neste ano, a tendência se consolida, tornando as interações ainda mais fluidas e intuitivas.
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Além disso, a IA generativa terá um impacto profundo no mercado de trabalho e na forma como produzimos conhecimento. O Brasil, por exemplo, já começa a sentir essa transformação, com investimentos crescentes em IA para setores estratégicos como educação, saúde, segurança pública e meio ambiente, com o potencial de impactar positivamente milhões de brasileiros, especialmente em regiões mais vulneráveis, além de apoiar de forma eficiente gestões municipais. A expectativa é que, ao longo de 2025, a IA se torne uma aliada estratégica no desenvolvimento do país.
No Brasil, a popularização do uso de chatbots inteligentes em serviços públicos tem facilitado o atendimento à população, reduzindo filas e burocracias. Além disso, a utilização da IA na análise de dados do SUS para melhorar diagnósticos e tratamentos é uma prova desse cenário, que, neste ano, deve ser ainda mais explorado.
Exemplos dentro do eixo norte-americano já mostram o potencial dos agentes de IA. A OpenAI lançou novos modelos de IA ainda mais eficientes, enquanto o Google expandiu sua linha Gemini, aprimorando a integração entre IA e ferramentas do dia a dia. A Microsoft, por sua vez, consolidou sua IA no ambiente corporativo, tornando o Copilot essencial para empresas de diversos segmentos. Além disso, players como a DeepSeek e outros estão desafiando esse domínio, criando modelos cada vez mais acessíveis, com resultados comparáveis aos das grandes LLMs.
Temos exemplos em próprio solo nacional com um modelo de IA robusto, desenvolvido por pesquisadores brasileiros, 100% nativo em português, e que busca democratizar o acesso a informação, a partir de sua adaptabilidade.
No entanto, à medida que a IA avança, desafios surgem com a mesma intensidade. Questões como privacidade de dados, regulação e impacto no mercado de trabalho exigem um debate amplo para garantir que esse avanço tecnológico seja inclusivo e sustentável.
Se os últimos anos foram marcados por testes e ajustes, 2025 se configura como o ano em que a inteligência artificial deixará de ser apenas uma promessa e se tornará uma peça-chave na economia e na sociedade. No Brasil, o desafio vai além da adoção tecnológica: é preciso garantir que a IA seja um motor de inclusão e desenvolvimento sustentável. O verdadeiro impacto dessa revolução não estará apenas na automação ou na eficiência operacional, mas na capacidade de impulsionar soluções que beneficiem a sociedade como um todo, promovendo inovação com responsabilidade.
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