Com juros em alta, agro começa proposta do Plano Safra

O Banco Central decide hoje o rumo da taxa Selic, e o mercado já dá como certa a alta de 1 ponto percentual, para 14,25% ao ano. A grande questão agora é até onde os juros podem subir. As projeções do mercado na pesquisa Focus indicam que a taxa pode alcançar 15% ao ano em 2025, o maior patamar desde 2006. Enquanto isso, o agronegócio já se prepara para enfrentar um dos Planos Safra mais caros da história recente. Com os juros elevados, o custo do crédito rural aumentará significativamente, impactando diretamente a capacidade de financiamento dos produtores.
Além disso, o governo terá dificuldades para equalizar as taxas subsidiadas, o que pode reduzir a disponibilidade de empréstimos com juros mais baixos. Diante desse cenário, as entidades do setor agropecuário já começaram a estruturar suas propostas para o Plano Safra 2025. A construção passa por um intenso diálogo entre governo e representantes do setor. A ideia de alas do agro é encontrar formas de mitigar os impactos da alta de juros e garantir linhas de crédito acessíveis para os produtores.
Com custos de financiamento nos maiores patamares dos últimos 19 anos, o desafio será equilibrar as necessidades do agro com a capacidade do governo de subsidiar taxas. O Plano Safra 2025 deverá ser um dos mais caros já registrados.