Brasil chega à maior taxa de juros desde o governo Dilma; depois a culpa é do Banco Central…

Conforme o esperado a Selic subiu de 13,25% a.a. para 14,25% a.a. É a maior taxa de juros desde o governo Dilma. A alta se justifica por várias razões apontadas semanalmente por este espaço: crescimento artificial e anabolizado da economia acima do seu potencial do país, piora fiscal, inflação corrente elevada e deterioração das expectativas inflacionárias.

Enganam-se aqueles que acreditam que o Banco Central eleva os juros para prejudicar o país. Pelo contrário, a autoridade monetária aumenta a taxa básica de juros para conter a inflação que prejudica principalmente os mais pobres. É claro que essa taxa poderia ser menor se a política fiscal do governo fosse menos expansionista.

Se o governo diminuísse o gasto público, a dose da “medicação” Selic para combater a inflação poderia ser mais branda, trazendo ganhos para toda a sociedade brasileira. Infelizmente, essa possiblidade está longe de se concretizar. Em ano pré-eleitoral, o governo deverá continuar com seu expansionismo fiscal para ganhar as eleições. No mundo real, isso significa mais inflação e Selic podendo chegar a 15% a.a. E depois a culpa vai ser do Banco Central…