Único título da Inglaterra na história das Copas é marcado por polêmica

Depois de destacar a participação brasileira na Copa de 1966, falo hoje sobre a finalíssima daquele Mundial. A competição foi marcada por violência e erros de arbitragem, inclusive na decisão entre Inglaterra e Alemanha, em Wembley.
INGLATERRA 4 × 2 ALEMANHA – Londres – 30.07.66
Inglaterra: Banks, Bobby Moore, Jack Charlton, Wilson,Cohen, Stiles, Ball, Peters, Bobby Charlton, Hurst e Hunt.
Alemanha: Tilkowski, Hoettges, Schulz, Schnellinger, Weber, Haller, Beckenbauer, Overath, Emmerich, Held e Seeler.
Árbitro: Gottfried Dienst (Suíça).
Gols: Haller (12) e Hurst (18) no primeiro tempo. Peters (33) e Weber (44) na etapa final. Hurst aos 11 do primeiro tempo da prorrogação e aos 15 da segunda etapa do tempo extra.
Pela primeira vez e única na história das Copas, a final foi disputada em um sábado. A Alemanha saiu na frente, mas os donos da casa empataram com Hurst. No segundo tempo, Peters virou o placar para o delírio do público local. Entretanto, a valente Alemanha deixou tudo igual de novo, aos 44 minutos: 2 a 2. Aos 11 minutos do primeiro tempo da prorrogação, se desenrolou um dos lances mais polêmicos dos mundiais. Hurst chutou, já de dentro da grande área, a bola bateu no travessão, quicou no chão, aparentemente em cima da linha, e voltou ao campo. O árbitro Gottfried Dienst, da Suíça, correu para consultar o bandeirinha Tofik Bakhramov, da URSS, que confirmou que a bola tinha entrado.
Até hoje esse lance é discutido. Pelas imagens, fica claro que a bola não cruzou a linha totalmente. A Alemanha sentiu o gol e caiu de produção. Aos 15 minutos da etapa final do tempo extra, Hurst marcou o quarto da Inglaterra e entrou para a história como o primeiro jogador a marcar três gols em uma decisão. O capitão Bobby Moore recebeu a taça das mãos da Rainha Elizabeth e o título é até hoje o único da história do futebol inglês.
Agora, o melhor de tudo: ouça a íntegra da final da Copa de 1966 na transmissão da Rádio Guaíba. O narrador é Pedro Carneiro Pereira. Uma relíquia para você que acompanha diariamente o “Memória da Pan”.