Censo revela desigualdade na arborização urbana no Brasil

Em 2022, cerca de 58,7 milhões de brasileiros que residem em áreas urbanas, o que representa aproximadamente um terço da população urbana do país, viviam em ruas desprovidas de árvores. Os dados do Censo 2022, divulgados pelo IBGE, ressaltam a importância da arborização nas cidades, que contribui para a melhoria da qualidade do ar e a regulação da temperatura, embora sua distribuição seja bastante desigual entre as regiões. A pesquisa analisou a presença de árvores na frente dos imóveis, considerando aquelas com altura mínima de 1,70 metro. A maioria dos habitantes, cerca de 55,8 milhões, residia em locais com cinco ou mais árvores. Em seguida, 35,6 milhões de pessoas viviam em áreas com uma ou duas árvores, enquanto 23,4 milhões estavam em ruas com três ou quatro árvores.
Os dados abrangem um total de 174.162.485 pessoas, o que equivale a 85,75% da população brasileira, distribuídas em 63.104.296 domicílios. Nas cidades com mais de 100 mil habitantes, as menores proporções de moradores com pelo menos uma árvore foram registradas em Brusque (SC), Barbacena (MG) e Tubarão-Laguna (SC). Por outro lado, as cidades com as maiores porcentagens de arborização foram Birigui (SP), Sertãozinho (SP) e São José do Rio Preto (SP). Na região metropolitana de São Paulo, 64,5% da população urbana reside em áreas que possuem pelo menos uma árvore, um número que se aproxima da média observada em outras grandes metrópoles do Brasil, que é de 63,5%. No município de São Paulo, especificamente, 7.485.935 pessoas, ou seja, seis em cada dez moradores da área urbana, têm acesso a árvores em vias públicas.