Saiba quem são os dois principais alvos da operação da Polícia Federal no INSS

Sob a suspeita de desvios de mais de R$ 6,3 bilhões do INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) por meio de descontos associados as aposentadorias e pensões que não foram autorizados, os dois principais alvos da Operação Sem Desconto, realizada nesta quarta-feira (23), pela Polícia Federal e Controladoria-Geral da União, são o presidente do órgão, Alessandro Stefanutto e o diretor de benefícios e relacionamento com o cidadão, Vanderlei Barbosa dos Santos.
Stefanutto assumiu a presidência do INSS em 2023. Antes, ele chefiou a Diretoria de Orçamento, Finanças, Licitações, Contratos e Engenharia. Durante a transição do governo Lula, participou ativamente dos trâmites na área de Previdência. Ele atua no órgão desde 2000. Entre 2011 e 2017, já tinha tido destaque como procurador-geral da autarquia. Também representou o INSS como conselheiro na Caixa Seguradora. Stefanutto só assumiu o cargo máximo, após o antecessor, Glauco Wamburg, também ter sido afastado por suposto uso irregular de passagens e diárias pagas pelo governo. Tanto o atual como o anterior na presidência do instituto foram indicações do ministro da Previdência, Carlos Lupi.
Já o diretor de Benefícios e Relacionamento com o cidadão, Vanderlei Barbosa dos Santos, número 2 da pasta, conforme as investigações, é suspeito de endossar as ações de desvios com descontos sem prévia autorização do beneficiário. Ele ingressou na instituição em 2006 como técnico do Seguro Social. No currículo apresentado em plataformas digitais, Vanderlei afirma que já esteve em diversos cargos de gestão, tais como chefe de serviço, gerente-executivo e coordenação no INSS.
Cerca de 700 policiais federais e 80 servidores da CGU cumprem 211 mandados de busca e apreensão, ordens de sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão e seis mandados de prisão temporária no Distrito Federal e em 13 Estados: Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe.
Ao todo, seis servidores públicos foram afastados de suas funções por determinação judicial. A coluna ainda não conseguiu contato com os citados na reportagem, por isso, o espaço segue aberto para manifestação.