TIM cresce em B2B, MVNOs e vê oportunidades em utilities, atacado e energia
A TIM Brasil projeta um ano de crescimento nas receitas provenientes de segmentos diversos, com destaque para sua operação B2B, que acumulou R$ 273 milhões em contratos assinados no primeiro trimestre, e para sua atuação no mercado de operadoras móveis virtuais (MVNOs), onde mantém mais de 70% da base ativa no país por meio de parcerias como a firmada com a Surf Telecom.
Segundo Alberto Griselli, CEO da TIM, a vertical de soluções corporativas tem sido um vetor relevante para a diversificação das receitas. A empresa ampliou sua cobertura de 4G no campo para 21 milhões de hectares, com previsão de chegar a 26 milhões até o fim de 2025. Sua rede também cobre 6 mil km de rodovias e conecta mais de 60 mil pontos de gestão de água em municípios de diferentes estados, dentro de projetos voltados ao setor de utilities, incluindo distribuição de gás e iluminação pública com eficiência energética.
“Temos um ano bastante recheado de possibilidades para apoiar empresas brasileiras na transformação digital”, acrescentou Fabio Avellar, vice-presidente de Receitas da TIM, durante a apresentação dos resultados financeiros do primeiro trimestre.
MVNOs: atacado ganha escala com a Surf
Sobre a atuação com operadoras virtuais, Griselli afirmou que a TIM sempre manteve uma postura receptiva ao modelo de MVNOs, considerado complementar à operação principal. A Surf Telecom é o principal parceiro da companhia, respondendo por grande parte do tráfego de MVNOs na rede TIM. “Estamos abertos a deixar operadores entrar e competir, desde que com propostas específicas e saudáveis para o setor”, afirmou.
O novo Plano Geral de Metas de Competição (PGMC), em análise na Anatel, é visto pela empresa como uma medida que pode estimular o modelo de MVNO, ao mesmo tempo em que elimina distorções, como o uso indevido de roaming permanente.
Mario Girasole, vice-presidente de Assuntos Regulatórios, reforçou que o modelo é tanto uma ferramenta regulatória quanto de monetização de rede. A TIM não divulga a receita obtida com MVNOs no B2B, mas diz que mais de 70% da base de clientes virtuais do país está em sua infraestrutura.
Parceria com a Thopen dá desconto em energia
Outra iniciativa de diversificação de receitas na tele envolve o setor energético. A TIM iniciou um projeto piloto com a Thopen para oferecer descontos na conta de luz de clientes do plano TIM Black. A parceria já está ativa em quatro estados (GO, RN, MG e PR) e oferece redução de até 15% no valor mensal da fatura.
Segundo Avellar, a proposta é ampliar esse modelo nos próximos 60 a 90 dias, com lançamento nacional previsto para o segundo semestre. O benefício será voltado ao mercado B2C, funcionando por meio da adesão ao mercado livre de energia — o que permite ao cliente TIM Black migrar para a Thopen como fornecedora de energia e, com isso, obter economia direta na conta. “É uma solução de eficiência energética aplicada ao cliente final, e os resultados iniciais do piloto têm sido positivos”, explicou o executivo.
Além da Thopen, a TIM também anunciou um memorando de entendimentos com a Eletrobras para atuar no segmento de pequenas e médias empresas (SMBs), com previsão de início das ações comerciais em junho.
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