Vivo prevê ganho de R$ 3 bilhões com venda de cobre até 2028

Cobre

A Vivo estima gerar R$ 3 bilhões com a venda do cobre que será extraído de sua antiga rede de telefonia fixa, como parte da transição do regime de concessão para autorização. A informação foi detalhada pelo CEO da companhia, Christian Gebara, durante apresentação dos resultados do primeiro trimestre de 2025.

“Seriam R$ 3 bilhões líquidos do custo de extração”, ressaltou o executivo. A extração do cobre ocorrerá gradualmente até 2028, com maior concentração entre 2026 e 2027. A operadora detém cerca de 120 mil toneladas do material.

Segundo o CEO, o cálculo da receita potencial leva em conta a pureza do metal e o preço médio de mercado da tonelada, que gira em torno de US$ 9,3 mil. “Com certeza, esse cobre não é um cobre puro. Tem que tirar tudo aí, algumas impurezas dele, alguns materiais que não são cobre”, afirmou Gebara.

O montante pode variar para mais ou para menos de acordo com o preço de mercado da commodity e a cotação da moeda americana, observou.

Além do cobre, a Vivo planeja se desfazer de imóveis que perderam sua função com o fim da concessão, o que deve render mais R$ 1,5 bilhão. “São menos de mil imóveis. A gente já vendeu alguns imóveis ao longo dos últimos anos, não é uma coisa nova para nós”, disse o executivo.

As unidades variam de centrais localizadas em áreas nobres a terrenos periféricos. “Alguns imóveis de valor mais alto, a gente também pode usar ou não intermediário e faz um leilão para o valor do imóvel, quando a gente vê que tem uma necessidade maior de ter um processo, talvez com alguma competição maior, pela atratividade do imóvel”, afirmou.

O cronograma de desmobilização seguirá o mesmo prazo do projeto de extração do cobre, até 2028. “Muitas vezes, o imóvel requer a gente fazer um investimento alto também para desmontar o que seria a estrutura da central e migrar clientes. Nós não vamos fazer nunca nada que impacte as pendências dos nossos clientes”, ressaltou Gebara.

A migração da concessão da Telefônica Vivo para autorização, oficializada em abril com a assinatura do termo de autorização com a Anatel, resultará na substituição completa da infraestrutura legada. “Nós temos 1,2 milhão de clientes que utilizam a nossa rede de cobre. Então, a gente precisa migrar esses clientes para uma outra tecnologia. Desses 1,2 milhão, 155 mil têm acesso ainda de banda larga XDSL”, detalhou Gebara.

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