Brasil supera com folga a média de conexão por fibra da OCDE
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou ontem, 13 de maio, seu novo balanço semestral sobre a evolução da banda larga entre os países membros, com uma novidade: o ranking de conectividade dos candidatos à adesão. Entre os destaques do levantamento está o Brasil, que aparece com 75,6% das conexões fixas de banda larga baseadas em fibra óptica – percentual que o coloca bastante acima da média da OCDE (44,6%) e entre os cinco países com maior participação dessa tecnologia no total de acessos.
O Brasil só fica atrás de Islândia (91%), Coreia do Sul (90%), Espanha (88%) e Lituânia (80%), que já integram a organização. O desempenho brasileiro também supera o de todos os demais países em processo de adesão, como Peru (74%), Bulgária (60%) e Croácia (27%).
Expansão impulsiona políticas públicas e competição
A ampliação da fibra no Brasil identificada pela OCDE tem sido impulsionada tanto por grandes operadoras quanto por ISPs regionais. A infraestrutura de redes ópticas tem ganhado protagonismo nos programas públicos de conectividade, como o Norte Conectado e o Wi-Fi Brasil, além de ser foco central em planos de expansão e fusões do setor privado.
O relatório da OCDE ressalta que o avanço da fibra está alinhado com a necessidade de garantir acesso “à prova de futuro”, capaz de atender às crescentes demandas de conectividade da sociedade e da economia digital.
Comparativo com países membros
Entre os 38 países-membros da OCDE, apenas quatro superam o patamar de 80% de participação da fibra nas conexões fixas. A média de todos os membros ficou em 44,6%.
O Brasil também figura entre os dois países candidatos à OCDE com maior uso médio de dados móveis por mês: 22 GB por assinatura, contra uma média de 17 GB entre os membros da organização. O Peru também aparece acima da média, com 19 GB mensais.
FWA e satélite na OCDE
O levantamento também traz dados de penetração de tecnologias como FWA e satélite. As conexões por acesso fixo sem fio (FWA) cresceram 17% nos países da OCDE entre junho de 2023 e junho de 2024, segundo os dados divulgados. Os maiores aumentos percentuais foram registrados na Hungria (71%), Estados Unidos (39%) e Reino Unido (30,4%). Apesar de representarem apenas 5,8% do total de assinaturas de banda larga fixa na organização, as soluções FWA vêm ganhando espaço como alternativa viável em regiões desatendidas, especialmente pela facilidade de implantação em áreas com baixa densidade populacional.
Em alguns países, a participação do FWA nas conexões fixas é significativamente maior que a média. O destaque vai para a República Tcheca, onde a tecnologia responde por 39% dos acessos, seguida por Eslováquia (23%), Nova Zelândia (20%), Estônia (18,7%) e Itália (12%). Já em países como Austrália (10%), Canadá (7%) e os Estados Unidos (6,8%), o uso é reforçado por desafios geográficos e logísticos.
A conectividade máquina a máquina (M2M) também avançou, com destaque para Suécia (267 SIMs por 100 habitantes) e Áustria (233).
Outras formas de conectividade também registraram alta. As assinaturas via satélite cresceram 22,6% no período, com os Estados Unidos concentrando 74% do total. Já a banda larga móvel chegou a 1,9 bilhão de assinaturas em junho de 2024, avanço de 16% em três anos. Japão e EUA lideram em penetração, com mais de 190 assinaturas por 100 habitantes. (Com assessoria de imprensa)
O post Brasil supera com folga a média de conexão por fibra da OCDE apareceu primeiro em TeleSíntese.