Réu no inquérito do golpe, Ramagem depõe sem broche de deputado

O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), presta depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) na ação penal que trata sobre uma tentativa de golpe de Estado. Ramagem é réu na ação penal junto a outras sete pessoas, consideradas o “núcleo crucial”, ou “núcleo 1”, da tentativa de golpe contra o resultado da eleição presidencial de 2022.
Durante o depoimento do parlamentar, a ausência de um adereço na lapela do terno de Ramagem foi notada. O parlamentar prestou depoimento sem o broche de identificação parlamentar. O objeto é conhecido como broche ou bóton e identifica deputados federais em exercício, além de aqueles que estiveram anteriormente no cargo. Não ficou claro para o titular desta coluna se o deputado optou por sentar no banco dos réus sem a identificação parlamentar ou esqueceu de usar o adereço diante da tensão pré-depoimento.
Em julho de 2023, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro e agora réu, o tenente-coronel Mauro Cid informou aos integrantes do Exército que iria comparecer fardado a seu depoimento na CPMI do 8 de Janeiro. Segundo fontes na época, a opção pela farda se deu pelo fato de Cid estar sendo investigado por atos que cometeu enquanto cumpria uma “missão militar” na ajudância de ordens de Bolsonaro.