CNPq aprova 143 novos INCTs com investimento recorde

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), aprovou nesta terça-feira, 1º, a criação de 143 novos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs), na maior chamada pública da história do programa. O investimento total será de R$ 1,63 bilhão, com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e de parceiros institucionais.

Reforço orçamentário do FNDCT

A contratação dos novos projetos está prevista para agosto. O Brasil passará a contar com 243 INCTs ativos — uma expansão de 20% em relação ao total anterior. A última chamada havia selecionado 100 institutos em 2022, com vigência entre 2027 e 2028.

Para tanto, será feito aporte adicional de R$ 135,6 milhões ao orçamento inicialmente previsto (R$ 1,5 bilhão) a fim de elevar a taxa de aprovação dos projetos recomendados de 23% para 27,5%.

O crescimento do programa foi viabilizado por uma articulação entre União e entes subnacionais. Além do FNDCT, participaram nove fundações estaduais de amparo à pesquisa (FAPs): São Paulo (Fapesp), Rio de Janeiro (Faperj), Minas Gerais (Fapemig), Espírito Santo (Fapes), Mato Grosso do Sul (Fundect), Paraná (Fundação Araucária), Piauí (Fapepi), Alagoas (Fapeal) e Rio Grande do Sul (Fapergs). Também contribuíram a Capes e o Ministério da Saúde.

Criado em 2008, o programa INCT busca promover a excelência científica e a integração entre universidades, institutos de pesquisa, empresas e o setor público. Os institutos operam em rede, com foco em temas complexos e estratégicos para o país. Nos últimos 16 anos, o programa viabilizou:

• 1.835 parcerias nacionais e 1.302 internacionais;

• 139 colaborações com empresas estrangeiras e 515 com empresas brasileiras;

• Formação de milhares de mestres, doutores e pesquisadores em áreas prioritárias.

Após anos sob risco de paralisação, o programa foi retomado após o fim do contingenciamento do FNDCT, o que permitiu a recomposição do orçamento federal para ciência e tecnologia. (Com assessoria de imprensa)

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