CMN libera R$ 4,43 bilhões do FAT para investimentos em tecnologia

CMN libera R$ 4,43 bilhões do FAT para investimentos em tecnologia/Foto: Freepik
CMN libera R$ 4,43 bilhões do FAT para investimentos em tecnologia/Foto: Freepik

O Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou a ampliação do uso de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para financiamentos em tecnologia. A decisão, tomada em reunião extraordinária, eleva de 1,5% para 2,5% o limite de saldo do FAT que pode ser destinado a linhas de crédito corrigidas pela Taxa Referencial (TR). Com isso, R$ 4,43 bilhões adicionais estarão disponíveis para empresas investirem em inovação e digitalização industrial.

Segundo o Ministério da Fazenda, o incremento de 1 ponto percentual será integralmente direcionado as operações de crédito voltadas à difusão tecnológica. A decisão atende a um pedido do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), que identificou uma demanda reprimida por esse tipo de financiamento. Como os recursos não envolvem despesa primária da União, a medida não tem impacto nas metas fiscais do novo arcabouço.

Apoio à Nova Indústria Brasil e à transformação digital

A liberação dos novos recursos fortalece a política industrial do governo federal, estruturada no plano Nova Indústria Brasil (NIB), lançado em 2023. A iniciativa possui metas como alcançar 90% de digitalização dos processos industriais no país até 2033, com apoio a tecnologias emergentes e estratégias de P&D.

Um dos instrumentos centrais da NIB é o Programa BNDES Mais Inovação, que prevê a liberação de até R$ 21 bilhões em crédito até 2026, com linhas indexadas à TR e foco em inovação, digitalização e sustentabilidade. No entanto, a limitação anterior do FAT a 1,5% do saldo disponível vinha restringindo a concessão de novos financiamentos em 2025, apesar dos resultados positivos obtidos pelo programa em 2023 e 2024.

CMN libera bilhões de FAT para investimentos de tecnologia: Bens de capital e infraestrutura tecnológica

O setor de bens de capital — que inclui fabricantes de máquinas, equipamentos industriais e estruturas metálicas — é um dos principais beneficiários da medida. Segundo o Mdic, esses segmentos são essenciais para a difusão tecnológica nos demais setores da economia e para a elevação da produtividade nacional. Os recursos agora disponíveis devem apoiar desde a aquisição de tecnologias até projetos estruturantes de modernização industrial.

O CMN é composto por três integrantes: o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (presidente do colegiado); o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo; e a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet. A medida entra em vigor imediatamente.

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