João Fonseca cai na terceira rodada, mas deixa Wimbledon com melhor ranking

Não deu para João Fonseca em Wimbledon. O brasileiro encerrou nesta sexta-feira (4) sua primeira participação na chave principal após perder para o chileno Nicolas Jarry num belo duelo de quatro sets. Apesar da derrota, o jovem carioca fez grande campanha ao alcançar a terceira rodada, e poderia ter triunfado ainda mais em caso de vitória e vaga nas oitavas de final. Isso porque a atual edição de Wimbledon vem sendo marcado pela eliminação em sequência de diversos favoritos, a maioria nas duas primeiras rodadas, o que abre caminho para surpresas na segunda semana do Grand Slam britânico. Se derrotasse Jarry, que já foi o número 8 do mundo, mas hoje está na posição 143, o brasileiro iria enfrentar o britânico Cameron Norrie, outro tenista que vem em baixa. Apesar de já ter sido o 8º do mundo, o atleta da casa não venceu nenhuma partida na grama antes de estrear em Wimbledon. Em dois jogos, duas derrotas.
Seria possível ao torcedor brasileiro sonhar com uma vitória que colocaria Fonseca diante do tenista do momento, o espanhol Carlos Alcaraz, nas quartas de final. O número dois mundo é o atual bicampeão de Wimbledon e, há cerca de um mês, protagonizou uma das maiores viradas da história na final de Roland Garros, contra o italiano Jannik Sinner. Um duelo entre Fonseca e Alcaraz é um dos mais aguardados do circuito. Há especialistas que consideram o brasileiro forte candidato a formar futuramente um eventual novo Big 3 ao lado do espanhol e de Sinner.
Apesar da eliminação, a boa trajetória no Grand Slam britânico deve colocar o brasileiro no Top 50 na próxima atualização do ranking, ao fim da competição. Atual 54º do mundo, ele aparece temporariamente no 47º posto, o que pode mudar até o último dia de Wimbledon. A subida no ranking é uma das metas de Fonseca e sua equipe para que, nos próximos meses, possa estar entre os cabeças de chave nos torneios de Grand Slam. As competições contam com 32 pré-classificados. Então, o brasileiro precisaria estar entre os 35-40 do mundo para ter chances de entrar nesta restrita lista, que, em tese, costuma ter um caminho mais tranquilo no início das principais competições do circuito.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Sarah Paula