Casa Branca firma acordo bilionário com a Intel para impulsionar fabricação de chips nos EUA
A Casa Branca anunciou um acordo com a Intel para injetar até US$ 8,5 bilhões visando fortalecer a fabricação de chips nos Estados Unidos. A empresa planeja construir uma nova unidade de produção de semicondutores em Ohio, além de expandir seus investimentos no país nos próximos anos.
A iniciativa surge em meio aos esforços dos EUA para diminuir a dependência externa, especialmente da Ásia, em um momento em que gargalos na cadeia de suprimentos e tensões geopolíticas destacam a importância da produção interna de semicondutores.
Enquanto as discussões sobre o CHIPS Act seguem no Congresso, a Intel surpreendeu ao anunciar planos ambiciosos, como o investimento de US$ 10 bilhões destinado à construção de uma unidade produtiva nos arredores de Columbus, Ohio. A empresa planeja investir ainda mais nos próximos anos, com foco em estados como Arizona, Novo México, Oregon e Ohio.
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Espera-se que esses esforços resultem na criação de 20.000 empregos na construção civil e 10.000 empregos na manufatura, o que é bem recebido por uma administração concentrada na geração de empregos.
“Com este acordo, estamos ajudando a incentivar mais de US$ 100 bilhões em investimentos da Intel — marcando um dos maiores investimentos já feitos na fabricação de semicondutores nos EUA, que criará mais de 30.000 empregos bem remunerados e dará início à próxima geração de inovação”, disse Gina Raimondo, Secretária de Comércio dos EUA, em um comunicado.
Esse passo da Intel não apenas reforçou a confiança na capacidade de fabricação dos EUA, mas também sinalizou uma nova abordagem em relação aos centros tradicionais, como San Francisco e Nova York, de acordo com o TechCrunch.
Ainda que com o apoio do governo federal, a Intel enfrenta desafios em seus planos de expansão. Recentemente, a empresa adiou o início da fabricação em sua planta em New Albany, Ohio, para 2027, alegando mudanças no ambiente de negócios. Até agora, ela já investiu US$ 1,5 bilhão e empregou 69 pessoas de 14 condados de Ohio no projeto. Números que ainda não impactam os relatórios de emprego do país.
Apesar das promessas de benefícios econômicos e estratégicos, críticos ouvidos pelo TechCrunch levantam dúvidas sobre a eficácia desses esforços diante da concorrência global, especialmente da gigante taiwanesa de semicondutores TSMC. Além disso, há preocupações sobre a capacidade dos EUA alcançarem e manterem a competitividade tecnológica necessária para competir em um setor tão crucial, além de questionarem se o investimento será suficiente para cobrir a lacuna existente entre a indústria de chips dos EUA e seus principais concorrentes estrangeiros.
*Com informações do TechCrunch
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