Gartner: 55% das organizações já têm um conselho de IA

Uma pesquisa recente do Gartner com mais de 1.800 líderes revelou que pouco mais da metade (55%) das organizações possuem um Conselho de IA. A pesquisa também indica que 54% das empresas têm um responsável pela tecnologia ou líder de IA para orquestrar as atividades relativas ao tema.
“As descobertas mostram que as organizações estão divididas quanto à necessidade de um conselho de IA”, diz em comunicado Frances Karamouzis, VP de pesquisa do Gartner. “A resposta é sim, as empresas precisam ter um conselho de IA para transcender os desafios multidisciplinares, impulsionar o valor e reduzir os riscos.”
Karamouzis, no entanto, ressalta que duração, escopo e recursos sob escrutínio desse conselho são “específicos do contexto e dependem do caso de uso”. Ou seja, “para alguns, é uma medida temporária”, enquanto para outros “é uma mudança de longo prazo no modelo operacional.”
Responsabilidade dispersa
Quando perguntados quem é o principal responsável pela inteligência artificial em suas organizações, os executivos entrevistados pelo Gartner divergem bastante. Em 25% dos casos, é o CIO, mas um líder de IA (16%), da unidade de negócios usuária (12%), o CTO (10%) e um head de estratégia digital (8%) também aparecem nas respostas.
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Representativos 12% não conseguiram responder à pergunta. “A composição do conselho de IA deve ter representação de várias disciplinas e unidades de negócios”, defende Karamouzis. “A composição dos membros deve alinhar a experiência com o escopo do mandato. Devem ser executivos de nível sênior e experientes, com fortes habilidades em estratégia e execução, especialmente se tiverem ambições de GenAI.”
Quando solicitados a identificar os três principais focos do mandato do conselho, 26% dos executivos identificaram a governança, e outros 21% indicaram a estratégia.
Líderes mais presentes que CAIOs
Dos 54% dos executivos que indicaram que suas empresas tinham um responsável por inteligência artificial ou um líder de IA, 88% disseram que ele não possui um título C-level, ou o de Chief AI Officer (CAIO). Segundo o Gartner, isso acontece porque a maioria dos boards das empresas não quer expandir ainda mais o C-level.
Apesar disso, os conselhos querem um líder de IA responsável pela orquestração de IA. “IA e GenAI são complexas e abrangentes, tocando todos os trabalhos, atividades e conversas estratégicas das empresas. No entanto, isso não significa que as pessoas ou as equipes responsáveis por orquestrar a IA nas empresas precisam ter título ao nível de C-suite’, diz o VP.
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