Brasil é expoente do mercado de cripto na América Latina
Em 2023, a América Latina transacionou aproximadamente US$ 42 bilhões em cripto – sendo o Brasil responsável por mais de US$ 26 bilhões desse valor, de acordo com a CoinEx.
Esse é um dos motivos no qual Pedro Gutierrez, diretor regional da CoinEx na América Latina, acredita que o País seja o grande protagonista do crescimento do mercado cripto na região. Segundo ele, o Brasil é uma das regiões com regulações de ‘adoção proativa’ de cripto, ou seja, no qual os reguladores apoiam o uso da moeda digital.
Outro impulsionador do destaque brasileiro é o Drex. “O Brasil vai em uma velocidade que outros países também deveriam ir. O País entendeu que era necessário compreender a tecnologia e tokenizar depósitos com a banca privada em real digital é espetacular”, comemora o executivo.
Entretanto, as criptomoedas ainda têm problemas de segurança. Em sua apresentação, Gutierrez conta que a própria CoinEx sofreu um ataque hacker no ano passado. “Antes disso, dizíamos que nada tinha acontecido, mas não é o mesmo que ter uma ocorrência, combatê-la e devolver o dinheiro dos clientes. Os hackers tiveram acesso a algumas chaves e acesso a milhões de dólares. Nós devolvemos o dinheiro do ‘bolso’. Hoje garantimos a reputação de que não importa o que aconteça, sempre terá o financeiro para resolver.”
Pergunto se, com o Banco Central envolvido no Drex, estaremos mais seguros. Ele diz que não exatamente, primeiro porque qualquer instituição pode ser atacada. Mas, além disso, com a tokenização, os governos podem controlar certos usos. Em um caso como a tragédia do Rio Grande do Sul, isso poderia ser positivo pois a população poderia usar a ajuda financeira apenas para os fins necessários, como alimentação ou moradia. Entretanto, essa também é uma chance de governos usarem como uma “arma persuasiva”.
“É preciso ter uma regulação muito clara para que tudo tenha transparência. Por isso, é importante a regulação e, também por isso, todos os países estão pilotando”, finaliza ele.
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