Acionistas da Oi pedem a destituição do conselho de administração

Acionistas da Oi enviaram à empresa pedido para destituição de todos os atuais integrantes do conselho de administração da companhia. Segundo a operadora, no entanto, o pedido é lacônico, e por isso solicitou complementação para decidir se deve mesmo organizar uma assembleia extraordinária.

O pedido parte dos acionistas Tempo Capital Principal Fundo de Investimento em Ações, Victor Adler e VIC DTVM S/A, que possuem 8,24% de ações preferenciais da Oi, mas apenas 0,02% das ações ordinárias.

No requerimento, eles solicitam a realização de assembleia extraordinária em no máximo 8 dias para deliberar a destituição, redução no número de conselheiros e eleição de novos integrantes.

Na carta, os acionistas da Oi pedem:

  • “I. Reforma do Artigo 22 do Estatuto Social da Companhia, para reduzir o número de membros do Conselho de Administração para 7 (sete) a 9 (nove) membros titulares;
  • II. Destituição do Conselho de Administração da Companhia;
  • III. Em caso de aprovação do item (II) acima, a eleição dos membros do Conselho de Administração, com mandato unificado de 2 (dois anos) a partir da eleição.”

A Oi, no entanto, aponta falhas no requerimento. Diz que os acionistas sequer detalharam as propostas apresentadas. “O pedido não contempla os nomes dos membros que os Requerentes pretendem indicar para o Conselho de Administração da Companhia”, observa.

Diz que além dos nomes, seria preciso declaração de cada um sobre a qualificação para os postos, currículo profissional e informações legais, como se foi condenado em algum processo judicial.

“A Companhia solicitará aos Requerentes que complementem seu requerimento com as informações e documentos pendentes. Tão logo recebidos, o Conselho de Administração da Companhia tomará as medidas cabíveis para dar regular processamento ao requerido pelos referidos acionistas”, acrescenta a Oi.

Oscilação

A Oi também foi questionada pela CVM sobre as razões de recente oscilação atípica de suas ações. Ontem os papeis da empresa valorizaram 19,95%, e o volume transacionado foi quase o triplo do registrado dois dias antes.

“Embora não seja possível para a Companhia precisar, é possível que as oscilações atípicas acima mencionadas estejam, de alguma maneira, relacionadas a esse requerimento e à posição acionária apresentada” pela Tempo e Victor Adler, respondeu.

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