Alerta: 13% dos ativos de OT de missão crítica usa conexão de internet insegura
Cerca de 13% dos ativos de tecnologia operacional (OT) de missão crítica têm uma conexão de internet insegura e, destes, 36% contêm pelo menos uma vulnerabilidade conhecida e explorada (KEV). Isso os torna pontos de entrada remotamente acessíveis para agentes de ameaças que podem inclusive interromper operações. O alerta faz parte de um levantamento da Claroty adiantado em primeira mão ao IT Forum.
Para esclarecer as implicações de segurança da conectividade nesses ativos, a equipe de pesquisa da Claroty, chamada Team82, analisou uma amostra de mais de 125 mil ativos de OT, sua conexão com a internet e a explorabilidade.
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“A nossa pesquisa apoia o conceito de que o aumento do acesso remoto se traduz em uma superfície de ataque em expansão e um maior risco de interrupção de infraestrutura crítica, o que pode afetar, em última análise, a segurança pública e a disponibilidade de serviços vitais”, diz Amir Preminger, vice-presidente de pesquisa do Team82 da Claroty.
“Como o acesso remoto a ativos OT de missão crítica, como EWS e HMIs, agora, é uma abordagem operacional padrão, as organizações devem garantir que estejam equipadas para conceder acesso a ativos específicos de forma intencional e com base em um mínimo de privilégios”, completa ele.
As principais descobertas foram:
- 3,7% dos ativos de OT têm uma conexão de internet insegura
Isso significa que se comunicam com a internet em geral, excluindo comunicação unidirecional, de fabricantes e de segurança de endpoints, permitindo que cibercriminosos escaneiem facilmente o espaço de endereços IP, para encontrá-los e tentar acessá-los remotamente.
- 13% das estações de trabalho de engenharia (EWS) e interfaces homem-máquina (HMIs) têm uma conexão de internet insegura.
Esses ativos-chave são usados para monitorar, controlar e atualizar sistemas de produção. Uma vez que podem se conectar para cima e para baixo na arquitetura do Modelo Purdue para ICS e, em alguns casos, à rede de TI corporativa, os cibercriminosos podem usá-los como um ponto de apoio inicial para movimentos laterais.
- 36% das EWS e HMIs conectadas à internet de forma insegura contêm pelo menos uma vulnerabilidade conhecida e explorada (KEV).
A combinação de alta criticidade, alta exposição e alta explorabilidade torna esses ativos os principais alvos dos agentes de ameaças, que buscam maximizar a interrupção operacional.
As descobertas do Team82 da Claroty estão no relatório Uma Porta Aberta que pode ser lido nesse link.
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