Startup de transporte aéreo Revo chega a SP de olho em público de alta renda

A Revo, startup de mobilidade urbana que combina transporte aéreo e terrestre, anunciou o início da operação em São Paulo, com duas primeiras rotas de voos regulares. A primeira liga a Avenida Brigadeiro Faria Lima, principal centro financeiro da cidade, ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, e a segunda conecta o Complexo Cidade Jardim à Fazenda Boa Vista, empreendimento de luxo localizado em Porto Feliz, a 100 quilômetros da capital.
Concebida em 2020 e com o foco no público de alta renda, a Revo faz parte do grupo português OHI, referência no mercado de transporte aéreo offshore na América Latina por meio da Omni Táxi Aéreo. Segundo a empresa, o lançamento no Brasil é resultado de um investimento de mais de US$ 5 milhões, com a maior parte dos recursos destinados ao desenvolvimento da sua plataforma digital de mobilidade urbana proprietária.
A startup defende que consegue otimizar as rotas e demanda de transporte combinando dados e inteligência artificial. Sua plataforma permite traçar rotas de acordo com variáveis como número de voos com passageiros de categoria business/first e tráfego nas principais vias de São Paulo. O serviço pode ser solicitado via aplicativo, por e-mail ou WhatsApp. Além do transporte aéreo, a Revo cobre também carros que levam seus clientes até o destino final.
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“Somos um serviço digital exclusivo de alta qualidade, prontamente disponível para solucionar um problema de mobilidade existente e sem solução até agora”, afirma João Welsh, CEO da Revo. “Somos pioneiros em mobilidade urbana avançada e nascemos para que nossos clientes economizem tempo precioso quando é mais necessário, com praticidade, conforto e máxima segurança”.
Quanto custa andar de Revo?
A startup utiliza helicópteros bimotores. O modelo H135 transporta até cinco passageiros e o H155, até oito. O trajeto de helicóptero entre o aeroporto e a Avenida Faria Lima custa R$ 3.500 por assento. No caso das rotas entre São Paulo e a Fazenda Boa Vista, o valor é de R$ 5.000.
A Revo destaca que os valores ofertados pela startup contrastam com o serviço tradicional de helicóptero que tem um custo médio de R$ 20 mil a R$ 35 mil. Lounges premium nos pontos de embarque e desembarque complementam o serviço.
Eve Air Mobility e Airbus
A startup também anunciou que a OHI fechou acordo com a Eve Air Mobility, empresa spin-off da Embraer, para aquisição de veículos elétricos de decolagem e pouso vertical (os eVTOLs). A plataforma de tecnologia proprietária da empresa já estaria pronta para essa transição quando os novos veículos estiverem disponíveis no mercado.
“Os eVTOLs são o futuro da mobilidade. Eles tornarão os voos mais verdes, acessíveis e sustentáveis, mas quem vai operar esses veículos? Onde estão os passageiros? Há muito a ser feito ainda em termos de infraestrutura para que eles se tornem uma realidade em alguns anos”, afirma Welsh.
A empresa também possui acordo assinado com a Airbus para colaboração e compartilhamento de informações com foco no desenvolvimento do ecossistema e mercado de mobilidade urbana aérea por meio deste tipo de aeronave.
Durante o lançamento inicial da operação entre agosto e outubro, a Revo operará cerca de 30 voos semanais, entre segunda e sexta-feira, de e para o Aeroporto de Guarulhos. Na rota da Fazenda Boa Vista, a empresa terá 10 voos regulares semanais entre sexta e segunda-feira. Além disso, será possível aos clientes reservar voos privados realizados sob demanda entre São Paulo e regiões próximas, como campo, praia e cidades vizinhas.
A empresa afirma que planeja ampliar as rotas iniciais e a frequência de voos ao longo dos próximos meses.
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