Alta tecnologia na sala de cirurgia: como os robôs estão transformando a cardiologia

Nos últimos anos, a cirurgia cardíaca passou por uma grande transformação. Técnicas menos invasivas vêm substituindo os procedimentos tradicionais, como a abertura total do osso do peito (esterno), que era necessária para acessar o coração. Em vez disso, os médicos estão utilizando cortes menores nas laterais do tórax (mini-toracotomias) e até robôs para realizar as cirurgias com mais precisão e menos impacto para o paciente. Essas mudanças têm o objetivo de oferecer tratamentos eficazes, com menor trauma cirúrgico, menos dor, menor risco de complicações e recuperação mais rápida.

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Como os pacientes são escolhidos para esse tipo de cirurgia?

Nem todo mundo pode ser operado com essas novas técnicas. Por isso, é fundamental uma avaliação cuidadosa antes da cirurgia. Exames como a ecocardiografia (que mostra imagens em tempo real do coração) ajudam os médicos a entender se o paciente tem o perfil ideal para passar por um procedimento minimamente invasivo.

Treinamento dos profissionais faz toda a diferença

As cirurgias menos invasivas são mais complexas de realizar e exigem um preparo técnico específico. Por isso, é essencial que os cirurgiões recebam treinamento adequado, tanto os mais experientes quanto os que ainda estão em formação. Com o tempo e a prática, esses profissionais conseguem atingir ótimos resultados.

Resultados seguros e eficazes

Diversos estudos mostram que essas técnicas mais modernas são tão seguras quanto as cirurgias tradicionais. Pesquisas comparando os dois métodos mostram que os riscos e os resultados são semelhantes — com a vantagem de o paciente se recuperar mais rapidamente e, muitas vezes, com menos dor.

Cirurgias com assistência robótica já são uma realidade

Um exemplo de tecnologia de ponta é o sistema cirúrgico da Vinci™, que é o único robô aprovado nos Estados Unidos para cirurgias dentro do coração. Ele permite movimentos extremamente precisos, e estudos com milhares de pacientes demonstraram que os resultados são excelentes. Esse tipo de cirurgia com robô já virou padrão para muitos especialistas, principalmente em casos de cirurgia da válvula mitral.

O que esperar para o futuro

A tendência é que essas técnicas menos invasivas e com uso de robôs se tornem cada vez mais comuns nos hospitais. Com o avanço da tecnologia, a ideia é tornar os procedimentos mais seguros, com cortes cada vez menores, recuperação mais rápida e menos complicações. Assim, os pacientes terão à disposição tratamentos mais modernos e eficientes.

*Por Dr. Maikon Madeira– CRM/SC 19606 / RQE 26976
Cirurgião cardiovascular

Hospital Azambuja (Hospital Arquidiocesano Cônsul Carlos Renaux)