Amazon inicia teste com clones de voz para acelerar produção de audiobooks

A Amazon iniciou um teste beta para a criação de clones de voz gerados por inteligência artificial (IA) na Audible. O projeto, que envolve um grupo selecionado de narradores nos EUA, tem o objetivo de acelerar a produção de audiobooks utilizando réplicas digitais das vozes dos artistas. A nova tecnologia permitirá que os narradores mantenham o controle criativo sobre suas vozes digitais e sejam compensados por título narrado.
Os participantes do teste terão a oportunidade de treinar suas réplicas de voz, mantendo controle total sobre os projetos para os quais desejam se candidatar, tanto em gravações ao vivo quanto em conteúdos gerados por IA, segundo a empresa.
Além disso, eles poderão utilizar as ferramentas de produção da Amazon para ajustar a pronúncia e o ritmo de suas vozes digitais, assim como revisar a produção final para assegurar a precisão.
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“Há um vasto catálogo de livros que ainda não existe em áudio e, à medida que exploramos maneiras de trazer mais livros à vida na Audible, estamos comprometidos em equilibrar de forma ponderada os interesses de autores, narradores, editores e ouvintes”, disse a Amazon em seu anúncio.
A Amazon garantiu que os narradores serão compensados através de um modelo de “Participação em Direitos Autorais”, sendo remunerados com base em cada título narrado. Entretanto, detalhes sobre os valores específicos ainda não foram divulgados. Segundo a empresa, a criação da réplica de voz durante o teste beta será gratuita, mas poderá haver custos associados no futuro, caso o recurso se torne amplamente acessível.
O uso de réplicas de voz por IA gerou controvérsias no mercado editorial. A Bloomberg relatou que vozes virtuais foram empregadas em 40.000 títulos da Audible desde o lançamento do recurso, gerando preocupações sobre a potencial diminuição das oportunidades de trabalho para narradores humanos. Apesar disso, a Audible ainda não oferece uma opção para filtrar audiobooks produzidos com vozes virtuais, como apontado por veículos como o Brian’s Book Blog.
A empresa enfatizou que nenhuma réplica de voz será utilizada para conteúdos sem a devida aprovação dos narradores envolvidos.
*Com informações do The Verge
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