Andrea Matarazzo critica governantes, diz que ‘buraco não é de direita nem de esquerda’ e fala sobre eleições de 2024

A polarização política do país se apresenta como um grande desafio para as eleições municipais de 2024, segundo o ex-vereador do Município de São Paulo, Andrea Matarazzo. Durante participação no programa Pânico, da Jovem Pan News, nesta quinta-feira, 9, o administrador avaliou que políticos muitas vezes priorizam mais a conquista de cargos públicos do que o cuidado com a população. “Eu sempre digo, e já dizia anos atrás, que buraco não é nem de direito, nem de esquerda. Ele só precisa ser tampado. E o eleitor paulistano, o cidadão que mora na cidade, ele quer solução, não quer discussão ideológica. As últimas gestões não deram a prioridade que tinham que dar nas pessoas, porque cidade é gestão de pessoas”, argumentou. Andrea defendeu que quem melhor conhece as necessidades de uma região é quem vive nela. Ele analisou que as últimas gestões da prefeitura de São Paulo foram muito ruins e trouxeram poucos planos práticos para melhorar a cidade. “A prioridade não é a população, a prioridade é a próxima eleição. Isso que é muito ruim. E eu não digo isso só dessa gestão, mas das últimas gestões”, complementou.
O diplomata também pontuou que os atuais candidatos à prefeitura de São Paulo não estão discutindo projetos para a cidade, apenas trocando xingamentos. “É difícil você discutir com bom senso. E a polarização, no fundo, no fundo, ela serve para não discutir as políticas públicas, para não se aprofundar de nada. Como você não tem competência para discutir aquilo, você sai xingando o outro de comunista, de facista, e fica nesse debate. Interdita o debate sério”, analisou. Apesar da polarização política, Andrea Matarazzo pontuou que os eleitores tem responsabilidade para escolher o candidato que acreditam que melhor atenda suas demandas. “O que importa se o candidato é do Lula ou do Bolsonaro quando ele tem que arrumar a vaga na creche aqui em São Paulo? Quando tem que tampar o buraco, mudar o ponto de ônibus, podar as árvores, fazer a manutenção da cidade”, provocou. O ex-vereador ponderou que os políticos precisam se preocupar mais em discutir as demandas do país do que se engajar em disputas políticas e discussões com oponentes. Ele finalizou afirmando que a sociedade está cansada de ouvir ‘desculpas esfarrapadas’ dos governantes.