Anistia fora da CCJ é sapo engolido pela oposição, diz deputado

Em um ato formalizado na segunda-feira (28/10), dia em que a Casa estava inativa devido ao Dia do Servidor Público, o presidente da Câmara, Lira, retirou o projeto da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e o enviou para uma comissão especial. Essa manobra resultou em um atraso na tramitação da proposta, que poderia ser votada ainda esta semana na CCJ, e afastou o assunto do debate em torno de sua sucessão, num momento em que os partidos estão definindo seus candidatos para a disputa.
Em conversas reservadas com o titular desta coluna, deputados da oposição admitiram que não houve negociação em relação à retirada do texto da CCJ. “Foi um sapo engolido para evitar mais confusão. A oposição alega que houve negociação para não parecer ruim, mas na realidade apenas fomos informados da decisão de Lira”, afirmou um deputado.
Auxiliares da presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) revelaram a esta coluna que ela foi simplesmente notificada da decisão na segunda-feira. Essa estratégia é interpretada como um gesto direto do presidente da Câmara ao PT de Lula, que se opõe à proposta. O partido está promovendo reuniões nesta semana para decidir qual nome apoiará na corrida pela sucessão de Lira.