Anthropic lança programa para impulsionar pesquisas científicas com IA

Imagem mostrando a tela de um smartphone com o logotipo da Anthropic em destaque, com letras pretas sobre fundo branco. Ao fundo, é visível um teclado de computador desfocado, em tons escuros e iluminação azulada, criando um contraste com a nitidez do logotipo.

A Anthropic anunciou nesta segunda-feira (5) o lançamento do AI for Science, programa voltado a pesquisadores que buscam aplicar inteligência artificial (IA) em projetos científicos de alto impacto, especialmente nas áreas de biologia e ciências da vida. De acordo com TechCrunch, os selecionados receberão até US$ 20 mil em créditos de uso da API da empresa por um período de seis meses.

Os participantes terão acesso aos modelos da família Claude, incluindo os mais recentes da Anthropic, para acelerar suas pesquisas. A seleção será feita mensalmente, com base em critérios como mérito científico, potencial de impacto, viabilidade técnica e risco de mau uso (biosegurança). As candidaturas devem ser feitas por meio de um formulário no site da empresa.

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Segundo a Anthropic, a IA pode ajudar a analisar dados científicos complexos, gerar hipóteses, planejar experimentos e até redigir conclusões. A empresa afirma estar especialmente interessada em apoiar aplicações que envolvam decodificação de sistemas biológicos, análise genética, descoberta de medicamentos para doenças de grande impacto global e aumento da produtividade agrícola.

IA para ciência

Outras gigantes da tecnologia também estão investindo em IA para ciência. O Google, por exemplo, lançou no início de 2025 seu “cocientista de IA”, projetado para auxiliar na formulação de hipóteses e planos de pesquisa.

A OpenAI, além de iniciativas próprias, tem sido uma das principais impulsionadoras do uso de IA na medicina. Já startups como FutureHouse e Lila Sciences também apostam nesse campo como um vetor de aceleração de descobertas científicas.

Ainda assim, como destacou Kyle Wiggers, há ceticismo na comunidade científica. Muitos pesquisadores questionam a confiabilidade dos modelos atuais, apontando limitações na capacidade da IA em lidar com fatores imprevisíveis, comuns na prática científica.

Um exemplo citado foi o projeto GNoME do Google: embora a empresa tenha anunciado a descoberta de 40 novos materiais com IA em 2023, uma análise externa mostrou que nenhum deles era realmente inédito.

A Anthropic, no entanto, espera que sua abordagem mais colaborativa com a comunidade científica traga resultados mais concretos do que os esforços anteriores. O objetivo é que os pesquisadores usem a IA como aliada, não substituta, no avanço do conhecimento.

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