Aplidigital: grupo planeja dobrar de tamanho até o final de 2024
O Grupo Aplidigital, distribuidor de soluções e serviços de segurança da informação, tem planos ambiciosos para 2024. Nas palavras de seu presidente, Francisco Gandin, os últimos anos foram um período em que a organização estava “adormecida” – com crescimento estável, mas sem grandes investimentos para a expansão do negócio. Agora, a meta é outra: dobrar a receita em um ano. E tudo indica que a companhia está no caminho para cumpri-la.
No primeiro semestre, o grupo registrou um faturamento 114% maior do que no mesmo período de 2023. O resultado é decorrente de um bom momento do mercado, é verdade. Dados da Associação Brasileira dos Distribuidores de Tecnologia da Informação (ABRADISTI) apontam que a receita dos distribuidores de TI aumentou 12,6% no trimestre inicial do ano. Mas também se deve aos esforços que a companhia começou a empregar ainda em 2023.
“No ano passado, nós investimos R$ 400 mil em marketing, por exemplo. Não foi um investimento baixo. Toda a parte de relacionamento com o canal, de como posicionar nossos produtos e nosso time técnico junto aos canais, tudo isso foi feito no ano passado”, contou Gandin em entrevista ao IT Forum. “Isso criou uma base muito forte para este ano”.
Além do investimento em marketing – “quem não é visto, não é lembrado”, destacou Gandin – a companhia também buscou expandir e capacitar sua base de parceiros. Neste ano, o crescimento já foi de 10%, e a expectativa é fechar o ano com um aumento de 50% nas revendas ativas. Atualmente, o Grupo Aplidigital soma mais de 200 revendas ativas.
O objetivo da companhia junto às revendas é reforçar sua atuação como um agente transformador de negócios, não apenas como agente financeiro. Nessa estratégia, é fundamental o trabalho da Content, braço de serviços do Grupo Aplidigital, que apoia revendas a desenvolverem projetos para os quais não possuam expertise tecnológica suficiente.
O serviço é ofertado no modelo white label e deve ser expandido neste ano. “Nosso desejo é que sempre a revenda se capacite. Esse é o mundo ideal para a gente, porque dessa forma ela vai andar sozinha e vai gerar mais negócios”, disse Gandin. “Mas a gente é um braço de serviço do canal no momento em que ele precisa”.
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Para suportar esta expansão, o Grupo também está expandindo seu quadro de colaboradores, com vagas abertas para as áreas de vendas, marketing e produtos, além de investir fortemente em seu time técnico através de treinamentos e certificações.
Um terceiro pilar do crescimento planejado pela Aplidigital é o aumento do leque de tecnologias e fabricantes com os quais a distribuidora trabalha. Para este pilar, a empresa trouxe um reforço estratégico: em fevereiro deste ano, Fellipe Canale assumiu como o novo diretor de Operações do grupo.
Canale é veterano do mercado de cibersegurança, com mais de 20 anos de experiência no setor e passagens por multinacionais fabricantes e distribuidoras como Westcon, Check Point, McAfee, RSA, Forcepoint e Proofpoint. Sua missão na companhia tem sido a expansão do portfólio.
“A Aplidigital sempre trabalhou muito bem em diversas situações, mas tinha um portfólio meio restrito. Nesse momento de consolidação [do mercado de cibersegurança], isso pode ser um risco para a gente”, comentou. Atualmente, a empresa conta com fabricantes como Darktrace, Gurucul, Hornet, Imperva, Keysight, Ridge Security, WatchGuard e WithSecure em seu portfólio. No mês passado, um novo contrato já foi fechado com a Orca Security, e outros cinco estão em negociação.
Em termos de novas tecnologias, a companhia aposta na expansão de ferramentas de Extended Detection and Response (XDR), que são utilizadas para combinar dados de múltiplas fontes, incluindo endpoints, aplicativos, e-mail, nuvens e redes, para responder a ameaças de forma mais ágil e eficiente, além da Inteligência Artificial (IA).
“A melhor forma de usar IA na segurança é em respostas autônomas. Aí você demanda menos necessidade de ação humana em respostas, o que ajuda em outro problema que as empresas enfrentam hoje, que é a falta de pessoal. Hoje nós temos um gap absurdo de contratação que, na grande maioria das vezes, é na área técnica”, explicou Canale.
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