Após críticas, PM começa substituição de coletes balísticos

Depois de uma série de reclamações quanto a falta de coletes para todo o efetivo e revezamento dos equipamentos balísticos, a Polícia Militar de São Paulo anunciou que, desde esta terça-feira (15), as proteções começaram a ser entregues aos agentes da corporação. A informação é que os dois primeiros lotes de coletes, totalizando 3.000 unidades, já foram entregues pela empresa contratada, submetidos a testes técnicos por amostragem e aprovados. Ao todo, foram adquiridos 17 mil coletes com o objetivo de garantir que nenhum policial militar atue sem o devido equipamento de proteção individual.

De acordo com o chefe da comunicação social da PM, coronel Emerson Massera, o processo de aquisição enfrentou desafios em relação à nova Lei de Licitações (Lei nº 14.133/21), que estabeleceu novos ritos para contratações públicas, e da reprovação, nos testes técnicos, da empresa inicialmente vencedora da concorrência. “A empresa vencedora teve os testes reprovados. Por isso, foi necessário acionar a segunda colocada, a empresa francesa Protecop, que assinou contrato em 6 de janeiro de 2025, com prazo de entrega até 15 de maio.”

Embora o fornecedor tenha inicialmente se comprometido com uma entrega parcial de 7.000 coletes ainda em janeiro, dificuldades operacionais no exterior, como a desaceleração industrial nas festividades de fim de ano e entraves logísticos em função de conflitos armados no norte da África, onde parte da produção é realizada, resultaram em atrasos.

A PM esclareceu ainda que a Diretoria de Logística acionou a reserva estratégica, determinando o recolhimento de todos os coletes disponíveis para redistribuição entre as unidades operacionais em fevereiro. Ainda assim, em alguns casos pontuais, houve necessidade de adoção de medidas de revezamento de placas de coletes entre policiais em turnos distintos.

Com a chegada dos novos lotes previstos para abril e maio, a PMESP instituiu um cronograma que prevê a entrega das 17 mil unidades até o final de maio. Cada remessa continuará sendo submetida a testes por amostragem antes da distribuição, conforme protocolo técnico de segurança, sendo prevista a completa regularização até a primeira quinzena de junho.

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Com a nova aquisição, além da total recomposição do estoque, a instituição retomará a reserva estratégica de mais de 4.000 coletes para futuras reposições. “Nenhum policial ficou desassistido. Atuamos com planejamento e responsabilidade para garantir proteção mesmo diante de um cenário adverso. Agora, com a chegada dos novos lotes, vamos normalizar o abastecimento e ainda reforçar nossa reserva estratégica”, garantiu o comandante-geral da PM, coronel Cássio Araújo de Freitas.