Após negociação, funcionários do Metrô de SP aceitam proposta e decidem encerrar greve

Funcionários do Metrô de São Paulo aceitam proposta e decidem encerrar a greve.”O Metrô vai retomar a operação em sua totalidade, com retorno de 100% do efetivo às atividades, após o Sindicato dos Metroviários aceitar a proposta da Companhia para encerrar a greve”, informou em nota a Secretaria de Comunicação do Estado de São Paulo. A proposta contempla o pagamento em abril de abono salarial no valor de R$ 2 mil e a instituição de Programa de Participação nos Resultados de 2023, a ser pago em 2024. “A companhia aguarda o retorno dos colaboradores às suas funções para normalizar completamente suas operações”, acrescenta a nota. Apesar da retomada das operações, o rodízio continuará suspenso e a SPtrans manterá o reforço dos ônibus. A decisão da Assembleia, que começou às 7h desta sexta, foi apertada. Foram 1.400 votos a favor de deixar a paralisação. A operação deve ser normalizada até às 12h, porque leva um tempo até o trabalho ser retomado.

Durante a madrugada, os metroviários apresentaram uma proposta para encerramento da paralisação, com retomada de 100% do efetivo às atividades. A proposta apresentada previa o pagamento de um abono compensatório aos trabalhadores referente aos anos de 2020, 2021 e 2022, no valor de R$ 2 mil, a garantia de que ninguém sofrerá desconto ou penalização por ter participado da greve, e a instituição de um Programa de Participação nos Resultados de 2023, a ser pago em 2024. Diferente de ontem, hoje pela manhã estava as linhas estavam operando de forma parcial nos seguintes trechos: parcialmente Linha 1 – Azul, de Ana Rosa até Luz; Linha 2 – Verde, de Alto do Ipiranga até Clínicas; Linha 3 – Vermelha, de Santa Cecília até Bresser – Mooca. Somente as três linhas atendem cerca de 2,8 milhões de passageiros. A Linha 15 – Prata segue totalmente paralisada. Desde quinta-feira, os metroviários tentavam um acordo a administração pública, e optaram por manter o movimento grevista nesta sexta, alegando que o governo de São Paulo descumpriu um acordo para liberação das catracas aos passageiros.

A greve afetou a vida de vários paulistanos, e para reduzir o impacto no trânsito, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) decretaram ponto facultativo nas repartições públicas da capital, no entanto, a medida não vale para trabalhadores de serviços essenciais como serviço funerário, unidades de atendimento das secretarias de Saúde e Assistência Social, toda a rede municipal de ensino e a Segurança Urbana. Mesmo com ponto facultativo, a cidade registrou lentidão e engarrafamentos. No início do horário de pico, às 6h30, eram totalizados apenas 39 km em toda a capital paulista. Mas às 8h, a situação de lentidão do trânsito subiu para 368 km. Os maiores engarrafamentos são detectados pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) na zona sul, 108 km, e leste, com 105 km. Outras regiões estão com as seguintes lentidões: 29 km no centro; 77 km na zona norte; e 49 km na zona oeste. Nesta quinta, 23, foi registrada lentidão de mais de 720 km na cidade de São Paulo. O rodízio de veículos permanece suspenso nesta sexta.