Após visitar Ucrânia, emissário chinês diz não haver ‘panaceia’ para a guerra

Li Hui, representante especial da China para negócios na Ásia, afirmou não haver panaceia para solucionar a guerra entre Rússia e Ucrânia que se encaminha para o segundo ano. “Não há panaceia para resolver a crise e todas as partes precisam começar, por si mesmas, a construir uma confiança mútua e criar condições para deter a guerra e conversar”, disse Li, de acordo com um comunicado divulgado pelo ministério chinês das Relações Exteriores. O emissário chinês ficou dois dias em Kiev. Ele iniciou sua viagem na terça-feira, 15, com objetivo buscar uma solução política para o conflito entre Rússia e Ucrânia. Li Hui é principal funcionário do governo chinês a visitar a Ucrânia desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022. Ele se reuniu com o chanceler Dmitro Kuleba durante a visita e ouvir do ucraniano que o país não aceitará nenhuma proposta que “implique a perda de território”. Nas conversas com as autoridades ucranianas, Li também disse que a seu país”continuará prestando assistência à Ucrânia dentro de suas capacidades”. Saindo de Kiev, Li visitará Rússia, Polônia, Alemanha e França nos próximos dias. A China, aliada de Moscou, não condenou publicamente a invasão russa e apresentou um plano de 12 pontos para acabar com a guerra, recebido com ceticismo pelas potências ocidentais, aliadas da Ucrânia. O presidente chinês, Xi Jinping, viajou a Moscou em março, em uma demonstração simbólica de apoio ao presidente russo Vladimir Putin diante dos países ocidentais.