Apple e Google estão sob pressão no Reino Unido: monopólio nos navegadores trava inovação

Uma investigação da Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido (CMA) concluiu que as políticas de Apple e Google no setor de navegadores móveis estão prejudicando a inovação e restringindo o alcance de negócios na web.
O relatório final, com mais de 600 páginas, destaca que os usuários podem estar perdendo novas funcionalidades, enquanto empresas enfrentam barreiras para alcançar consumidores. As informações foram reveladas pelo TechCrunch.
O maior foco da investigação recai sobre as práticas da Apple, que obriga todos os navegadores no iOS a usarem seu motor WebKit, restringindo a diferenciação e limitando o avanço de tecnologias como Progressive Web Apps (PWAs).
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Além disso, a empresa mantém privilégios para o Safari, como acesso antecipado a recursos, criando um ambiente pouco competitivo. O Google, por sua vez, foi criticado pelo acordo de compartilhamento de receita com a Apple, que reduz o incentivo financeiro para uma concorrência real entre navegadores.
Apesar das críticas contundentes, o relatório não propõe medidas imediatas contra as gigantes da tecnologia. A CMA recomenda aguardar a implementação de novas leis antitruste britânicas, que podem conferir maior poder ao órgão para intervir no mercado digital.
Entre as possíveis soluções sugeridas estão a permissão para que navegadores usem motores alternativos ao WebKit, regras de interoperabilidade para garantir acesso igualitário a recursos do iOS e a proibição do acordo de receita entre Google e Apple.
O relatório também levanta questões sobre a dificuldade dos usuários em escolher navegadores alternativos no iOS e Android, mesmo após ajustes feitos por ambas as empresas. No entanto, a decisão final sobre medidas regulatórias dependerá das investigações em curso, com expectativas de conclusão até o final do ano.
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