Aprender Conectado acelera implantação em escolas para atingir meta de 2025
A EACE – Aprender Conectado pisou no acelerador. Se nos primeiros dois anos da iniciativa, foram conectadas 177 escolas, em 2024 e começo deste ano já ativou a infraestrutura completa de internet em aproximadamente 1.200 escolas públicas brasileiras.
A meta da entidade é conectar 18 mil unidades até o fim de 2025, alcançando entre 38 mil e 40 mil até o final de 2026. O projeto é financiado com R$ 3,1 bilhões das operadoras que adquiriram lotes da faixa de 26 GHz no leilão do 5G.
“Estamos com mais de 4.500 escolas com rede interna colocada, mais de 4.000 com rede externa conectada, já o acesso na porta da escola. E, na interseção das duas, a gente tem cerca de 1.200 toda completa, tudo pronto e funcionando, com ponto ativado, inclusive”, afirmou Flávio Santos, CEO da EACE, em entrevista exclusiva ao Tele.Síntese.
Com nova diretriz estabelecida pela Estratégia Nacional de Escolas Conectadas (ENEC), o escopo da entidade foi simplificado. “A nossa missão ficou rede externa, rede interna e energia fotovoltaica. Não tinha mais notebook do professor, da administração, nem projetor”, explicou Santos. E com isso, a meta saltou de 10 mil escolas para 40 mil.
A governança da EACE também foi reformulada. As operadoras deixaram de participar diretamente das decisões da entidade na última semana e foi criado uma cúpula decisória. “Elas decidiram, em assembleia, criar um conselho deliberativo e se afastar de toda a parte da gestão, da governança da empresa como um todo”, explicou Santos.
Segundo ele, os recursos permanecem sob gestão da entidade, mas o comando do GAPE — grupo que supervisiona o projeto — foi transferido ao Ministério das Comunicações. “As operadoras já deixaram explícito em vários momentos que elas querem a quitação dos compromissos dos aportes, que eles já fizeram. Todos os aportes, de fato, já estão na conta da EACE, e por isso [elas demandam] a devolução das suas garantias”, completou.
Esta decisão, porém, cabe à Anatel, uma vez que é requisito do edital do leilão 5G a participação das operadoras na implantação das políticas públicas. O Conselho Diretor da agência terá de deliberar se concorda com a tese de que o depósito dos R$ 3,1 bilhões é suficiente para que recebam o atestado de que cumpriram o compromisso relativo à conexão de escolas.
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