Atrons aposta em IA generativa para liderar nova onda de automação e mira crescimento de até 500% em 2025

Guilherme Lousada, CEO da Atrons Group, e Erika Veggi, COO da empresa. Imagem: Divulgação

A revolução da inteligência artificial (IA) generativa (GenAI) está redesenhando o mapa competitivo global. No Brasil, uma nova empresa quer ocupar espaço importante nessa jornada. A Atrons Group acaba de anunciar sua reestruturação e novo plano de crescimento, ancorado na aquisição de 70% da companhia por um grupo de empresários com histórico de sucesso no setor de tecnologia. A avaliação da empresa supera os R$ 20 milhões, e a expectativa é de um crescimento entre 300% e 500% já em 2025.

A nova fase da Atrons, agora sob o comando do CEO, Guilherme Lousada, e da COO, Erika Veggi, traz ao centro do negócio o conceito de Business Technology Outsourcing (BTO), uma evolução do tradicional Business Process Outsourcing (BPO).

Em vez de apenas terceirizar processos, a empresa se propõe a entregar resultados, conectando tecnologia de ponta à estratégia corporativa. Como diferencial, a empresa aposta em inteligência artificial generativa no núcleo da operação, impactando diretamente a eficiência, a governança e a cultura das organizações atendidas.

“O que antes era um mundo em que os executivos acreditavam ter todas as respostas, agora exige que saibamos fazer as perguntas certas”, diz Lousada. “A IA muda tudo, cultura, processos e modelos de negócio. A Atrons chega como ponte entre tecnologia avançada e conhecimento aplicado, com foco total em geração de valor.”

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Valuation bilionário à vista?

Sem revelar o faturamento atual, a Atrons justifica seu valuation superior a R$ 20 milhões com base em crescimento acelerado de receita e base de clientes ativos, além de contratos já firmados que sustentam suas projeções para 2025. “Nosso valuation considera não apenas os resultados já alcançados, mas também o potencial de geração de valor a curto, médio e longo prazo”, explica Lousada.

Segundo o executivo, o faturamento anual combinado dos sócios investidores ultrapassa R$ 170 milhões, gerando musculatura financeira e experiência comprovada para impulsionar o negócio. O modelo de monetização da Atrons combina receita recorrente com projetos baseados em success fee, alinhando performance de entrega com resultados concretos.

A empresa já conta com uma base sólida de grandes clientes e pretende escalar rapidamente. “A forte aceitação da solução no mercado e os contratos já em execução nos dão segurança para projetar um crescimento de até 500% neste ano”, afirma Lousada, sem detalhar a base atual de clientes. A estratégia de salto foi construída justamente para acelerar esse salto, com foco em verticais como telecom, contas públicas, serviços de TI e gestão imobiliária.

BTO com GenAI

Na prática, o modelo de BTO com GenAI proposto pela Atrons atua em diferentes camadas da organização, da execução à tomada de decisão. A proposta vai além da automação de tarefas rotineiras e mira na transformação da governança e da experiência do colaborador com a tecnologia. “Não terceirizamos apenas tarefas, mas resultados”, afirma Erika Veggi.

“Nossa missão é promover uma transformação cultural profunda, desde o operacional até o C-Level.”
Um dos grandes diferenciais é a personalização das soluções de IA generativa por vertical de negócio, com foco na governança de dados e no combate à Shadow IA, fenômeno em que colaboradores utilizam ferramentas não autorizadas, gerando riscos de segurança e compliance. A Atrons adota o conceito japonês de Mottainai, que valoriza o aproveitamento máximo dos recursos e o combate ao desperdício de tempo, talento e energia.

Segundo estimativas da consultoria IDC, cada dólar investido em IA pode gerar até oito dólares em retorno. A expectativa é que, nos próximos anos, a IA generativa adicione até US$ 10 trilhões à economia global. O Brasil, apesar do avanço digital, ainda vive uma fase embrionária de adoção da GenAI, o que representa uma janela de oportunidade estratégica para empresas como a Atrons se consolidarem como líderes.

A companhia também quer ser referência em cultura organizacional moderna, adotando o home office como modelo principal de trabalho e apostando na diversidade como motor de inovação. “Ambientes diversos tendem a ser mais criativos e produtivos. A inovação nasce da pluralidade de olhares”, defende Erika.

Além do crescimento local, a Atrons desenha os primeiros passos da sua expansão internacional, mirando inicialmente países da América Latina e Europa. A meta, segundo os fundadores, é transformar a empresa em um hub global de BTO com IA generativa, democratizando o acesso à tecnologia e promovendo uma nova forma de operar negócios.

“Estamos construindo uma solução que transforma não só a tecnologia, mas o próprio jeito de pensar e gerir empresas. Queremos mostrar que é possível automatizar com inteligência e sensibilidade, respeitando os humanos no processo e criando valor de verdade para todos os envolvidos”, finaliza Lousada.

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