Com nova rodada na Amazon, ‘big techs’ já demitiram 70 mil pessoas em 5 meses


Só a Amazon já cortou quase 30 mil funcionários em apenas três meses. Cenário econômico enfraquecido e queda no número de anúncios explicam o mau momento. Facebook, Apple, Google e Microsoft
Montagem/Reuters
A Amazon anunciou nesta segunda-feira (20) uma nova rodada de demissões que irá afetar outros 9 mil trabalhadores. Em janeiro, a empresa já havia confirmado o corte de 18 mil funcionários.
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Com o novo anúncio na gigante do varejo, as big techs Meta, Amazon, Microsoft e Alphabet (Google) já demitiram 70 mil funcionários em apenas 5 meses. Se somar com o Twitter, que não entra nesse grupo de big techs, esse número avança para 73.900.
Já a Apple é uma exceção, uma vez que foi a única empresa a não anunciar redução da força de trabalho nos últimos meses.
No caso das outras empresas, a desaceleração macroeconômica e a queda na receita com propaganda explicam o cenário negativo (entenda mais abaixo).
Quem demitiu e quantos foram desligados
Meta (Facebook/Instagram/WhatsApp): cortou 11 mil funcionários em novembro; e 10 mil trabalhadores em março;
Microsoft: cortou 10 mil funcionários;
Amazon: cortou 18 mil funcionários em janeiro; e 9 mil em março;
Alphabet (Google): cortou 12 mil funcionários.
O que explica esse cenário 🤔
Para começar a entender a situação delas, é preciso levar em conta as altas seguidas na taxa de juros nos últimos meses, nos Estados Unidos, para conter a inflação.
Para começar a entender a situação delas, é preciso levar em conta as altas seguidas na taxa de juros nos últimos meses, nos Estados Unidos, para conter a inflação.
Além de impactar nas vendas, o cenário tem feito empresas diminuírem gastos com publicidade, o que afeta em cheio as gigantes da tecnologia que dependem de anúncios.
“Essas empresas cresceram muito em 2020, mas depois veio a queda. Na fase dura da pandemia, a digitalização aumentou. Todo mundo estava em casa, muitos recebem auxílio do governo, e as pessoas gastaram mais on-line”, explica ao g1 Arthur Igreja, que é especialista em tecnologia e inovação e professor convidado da FGV.
“As big techs precisavam de pessoas para suportar a demanda, mas esse crescimento não se manteve após a flexibilização do isolamento causado pela Covid”, completa.
“Dada a economia incerta em que residimos e a incerteza que existe no futuro próximo, optamos por ser mais simplificados em nossos custos e número de funcionários”, disse Andy Jassy nesta segunda.
Demissões nas big techs: o que está acontecendo com Google, Microsoft, Meta e Amazon