BlaBlaCar anuncia planos de adquirir concorrente na França
O aplicativo de caronas BlaBlaCar anunciou essa semana a intenção de compra da startup francesa Klaxit. Criada em 2012, a empresa é especializada em deslocamentos diários para as necessidades de empresas e instituições públicas.
A aquisição, segundo a BlaBlaCar, visa aumentar a oferta de caronas de curta distância do BlaBlaCar Daily, aplicativo lançado em 2018 que permite o deslocamento de casa para o trabalho para otimizar o uso de veículos particulares no dia a dia. A aquisição também daria entrada no segmento de administrações públicas e empresas.
Somente em 2022, a Klaxit foi responsável por mais de 2,6 milhões de viagens na França.
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“Combinando nossas forças com as da BlaBlaCar, permitiremos que milhões de franceses que atualmente viajam sozinhos em seus carros no dia a dia possam compartilhá-lo e ter um impacto social e ambiental real”, comentou Julien Honnart, cofundador e CEO da Klaxit.
BlaBlaCar sustentável
O novo investimento da BlaBlaCar vai de encontro a um novo plano do governo francês para promover caronas, com o objetivo de reduzir a emissão de poluentes. Em dezembro do ano passado, o governo local lançou o “Plano nacional diário de caronas”, que envolve um pacote de medidas e investimento superior a 150 milhões de euros para 2023 com o objetivo de atingir mais de 3 milhões de viagens diárias de carona no país até 2024.
O governo francês espera que, com essas medidas, sejam economizados 4,5 milhões de toneladas de CO2 por ano.
Nicolas Brusson, cofundador e CEO da BlaBlaCar, explica que: “2023 deve ser o ano para mudar a escala de carona. Ainda temos um longo caminho a percorrer antes que o uso otimizado de carros particulares se torne um hábito para a maioria dos usuários de carros, mas agora é a hora de seguir em frente”.
Sobre a possibilidade de lançar o aplicativo no Brasil, Brusson garante que “na França, há um incentivo direto, inclusive econômico, para o uso da carona. Para a carona diária, é essencial que seja estabelecido um modelo público-privado, e temos interesse em lançar este modelo no Brasil, se este cenário for possível em um nível institucional”.