Brasil lidera uso de tecnologias de automação de processos

O mercado brasileiro está na frente quando o assunto é automação de processos, concluiu o estudo OTRS Spotlight: IT Service Management 2023, realizado pelo OTRS Group. Das empresas entrevistadas no país, 52% já adquiriram as ferramentas necessárias e têm experiência em usá-las, em comparação com 28% de todos os outros mercados pesquisados.

Outras 26% das empresas locais já investiram em sistemas, mas ainda não possuem o conhecimento necessário para usá-los. A pesquisa ouviu 600 empresários e executivos na Alemanha, Estados Unidos, Brasil, México, Cingapura e Hungria.

O relatório aponta que uma maior maturidade em automação também indica maior abertura para outras tecnologias, como a Inteligência Artificial. Das empresas que já usam a automação de processos, 59% delas já utilizam ativamente IA ou aprendizado de máquina como parte dos fluxos de trabalho e gerenciamento de tarefas. Entre aquelas que não usam ferramentas de IA, a falta de habilidades necessárias para lidar com o assunto consta como principal obstáculo.

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Há ainda uma parcela dos executivos que alega falta de tempo para aprender sobre as ferramentas.

O estudo indica que no mundo são os departamentos de TI das organizações os principais impulsionadores da automação dos processos. Entre os executivos ouvidos nos demais países, 42% relacionam a TI com a tecnologia de automação. Já no Brasil, apenas 7% dos departamentos de TI estão atualmente explorando a automação dos processos de negócios.

Maiores demandantes

No país, o setor líder em puxar a automação é o atendimento a clientes com 49%, seguido do RH com 44%, administração com 41% e marketing com 39%. No mundo, as equipes de TI que lideram a automação dos processos de negócios em suas empresas são as da Hungria com 86%, EUA com 58%, México com 43% e Alemanha com 35%.

Executivos no Brasil que já automatizaram processos de negócios observaram que a automação resultou com mais frequência em economia de tempo (23%), seguido do crescimento mais rápido da empresa (19%) e economia de custos (18%) como os maiores benefícios conquistados desde suas medidas de BPA. Para 14% foi a redução de erro dos dados, aumento da satisfação dos clientes e habilidade para enfrentar mudanças mais rapidamente ficaram com 9% cada.

Dos executivos brasileiros que responderam que ainda não investiram em ferramentas de BPA, 50% alegaram falta de tempo para conhecer as ferramentas, por se tratar de um grande projeto. Outros 36% acreditam que os processos manuais são suficientes e 9% ainda não encontraram a ferramenta adequada.

“À medida que as soluções de IA e o aprendizado de máquina avançam, elas continuarão a estender esta liderança. Portanto, os executivos devem testar seus processos manuais, otimizá-los e automatizá-los sempre que possível para não ficar para trás. Como em qualquer projeto que altera os processos de trabalho, eles devem envolver ativamente seus funcionários na mudança processo e não os perder pelo caminho. A automação só é bem-sucedida quando homem e máquina trabalham de mãos dadas”, adverte Andreas Bender, Vice-Presidente de Consultoria do OTRS Group.

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