Brics pede cessar-fogo imediato e retirada completa de Israel em Gaza

O grupo Brics pediu neste domingo (6) o cessar-fogo imediato e a retirada completa de Israel na Faixa de Gaza, segundo a declaração de líderes adotada no primeiro dia da reunião de cúpula no Rio de Janeiro. “Exortamos as partes a se engajarem, de boa-fé, em novas negociações com vistas à obtenção de um cessar-fogo imediato, permanente e incondicional; à retirada completa das forças israelenses da Faixa de Gaza e de todas as demais partes do Território Palestino Ocupado”, afirma o texto do grupo integrado por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul e outros seis países.

Texto reiterou profunda preocupação com a situação no Território Palestino Ocupado, diante da retomada de ataques contínuos de Israel contra Gaza e da obstrução à entrada de ajuda humanitária no território.

“Clamamos pelo respeito ao direito internacional, em particular ao direito internacional humanitário e ao direito internacional dos direitos humanos, e condenamos todas as violações do DIH, inclusive o uso da fome como método de guerra. Também condenamos as tentativas de politizar ou militarizar a assistência humanitária. Exortamos à libertação de todos os reféns e detidos em violação ao direito internacional; e ao acesso e entrega sustentados e desimpedidos da ajuda humanitária”, escreveu o comunicado.

Manifestação do bloco econômico ainda recordou que a Faixa de Gaza é parte inseparável do Território Palestino Ocupado. “Salientamos, a este respeito, a importância de unificar a Cisjordânia e a Faixa de Gaza sob a Autoridade Palestina e reafirmamos o direito do povo palestino à autodeterminação, incluindo o direito a um Estado independente da Palestina”, destacou o grupo.

Declaração dos líderes do Brics defendeu “uma solução justa e duradoura para o conflito entre Israel e Palestina”, que segundo o texto, só pode ser alcançada “por meios pacíficos e depende do cumprimento dos direitos legítimos do povo palestino, incluindo os direitos à autodeterminação e ao retorno”.

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“Reafirmamos nosso apoio à adesão plena do Estado da Palestina às Nações Unidas no contexto do compromisso inabalável com a Solução de Dois Estados, em conformidade com o direito internacional, incluindo as resoluções pertinentes do Conselho de Segurança e da Assembleia Geral da ONU, e a Iniciativa de Paz Árabe, que inclui o estabelecimento de um Estado da Palestina soberano, independente e viável dentro das fronteiras internacionalmente reconhecidas de 1967, que inclui a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, com Jerusalém Oriental como sua capital, a fim de concretizar a visão de dois estados vivendo lado a lado, em paz e segurança”, declararam.

*Com AFP