Carmelo Neto rebate possível cassação de mandato por fraude de cotas: ‘Coloca em risco a soberania do voto no Ceará’

Nesta terça-feira, 16, o programa Morning Show recebeu o deputado estadual Carmelo Neto (PL-CE). Em entrevista, ele comentou sobre a possível perda de mandato após o TRE-CE (Tribunal Regional Eleitoral do Ceará) formar maioria para a cassação de deputados estaduais do PL por fraude de gênero. O argumento do tribunal é de que o partido usou de candidaturas fantasmas para atingir o mínimo de 30% de candidatas mulheres nas disputas eleitorais. “Não houve fraude porque as mulheres foram votadas e participaram da convenção. A gente vai recorrer até onde for possível”, declarou Carmelo. “Esse assunto tão importante coloca em risco uma chapa de 500 mil votos, a soberania do voto no Ceará. O que aconteceu foi que duas candidatas, um mês e meio depois das eleições, procuraram o Ministério Público Eleitoral para dizer que não queriam ter sido candidatas. É bom dizer que depois da eleição quer se achar chifre em vaca para prejudicar os adversários. É uma armação feita pelo PT e pelo PSOL. A esquerda usando de uma pauta de defesa das minorias para calar duas mulheres no parlamento cearense”, acrescentou, referindo-se às eleitas Doutora Silvana e Marta Gonçalves.

A decisão pode afetar quatro deputados estaduais cearenses: Carmelo Neto, Alcides Fernandes, além de Silvana e Marta — eles estão entre os mais votados do Estado. “É muito fácil responder quem ganha com isso. Coloco realmente a boca no trombone, são quatro deputados de oposição que, se forem cassados, entram quatro aliados do governo do PT. Está muito claro. Quem ganha com isso, será que são as mulheres que perdem duas vagas para entrar quatro homens? A maior representatividade da Assembleia Legislativa do Ceará cairia por terra?”, questionou o parlamentar. “Que defesa das mulheres é essa? Quem ganha com isso é a democracia? É a legitimidade do voto, o processo do voto que me elegeu como o deputado mais votado, pessoas que depositaram seu voto de confiança”, argumentou.

Confira na íntegra a entrevista com Carmelo Neto: