Celulares chineses avançam no Brasil: entenda como as principais fabricantes operam no país

Vivo Mobile anunciou produção na Zona Franca de Manaus e é a terceira chinesa a chegar ao país em menos de um ano. Marca é do grupo chinês BBK Electronics, que também é dono da Oppo e da Realme. Xiaomi Redmi Note 13 Pro 5G
Darlan Helder/g1
A presença chinesa no mercado de celulares no Brasil cresceu na última terça-feira (7), com a chegada da Vivo Mobile (sem relação com a operadora) com o nome de Jovi. Nos últimos 12 meses, ao menos três marcas de smartphones da China chegaram ao país.
Como outras fabricantes estrangeiras, a Vivo Mobile tem acordo com uma empresa nacional – neste caso, a GBR Componentes – para produzir aparelhos na Zona Franca de Manaus. Algumas apostam na importação dos aparelhos e na distribuição por meio de parceiras.
A Vivo Mobile lidera as vendas na China, com 18% do mercado no último trimestre de 2024, segundo a consultoria Counterpoint Research. No mundo, é a quarta maior, atrás da americana Apple, da sul-coreana Samsung e da também chinesa Xiaomi.
Em comunicado sobre o Brasil, a Vivo Mobile disse que seus celulares começarão a ser vendidos ainda neste segundo trimestre. Os aparelhos serão produzidos na Zona Franca de Manaus pela empresa GBR Componentes.
Marcas que mais vendem smartphones no mundo
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A Vivo Mobile é a terceira marca do grupo chinês BBK Electronics a ser lançada no Brasil. A empresa também é dona da Oppo e da Realme.
A Oppo anunciou seu retorno em maio de 2024, num modelo com celulares produzidos pela Multi (ex-Multilaser) . Foi a segunda tentativa da marca, que tinha sido ensaiado a chegada no país em 2022.
A Realme foi lançada no Brasil ainda antes, em 2020. A marca importa aparelhos, mas diz ter planos de estabelecer produção local.
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Divulgação/Oppo
Mais recentemente, em janeiro de 2025, foi a vez do lançamento da Honor, que tinha 6% de participação no restante da América Latina no último trimestre de 2024, segundo a Counterpoint.
A empresa diz que fabrica seus celulares na China e, no Brasil, faz as adequações às normas locais, como manuais e embalagens em português por meio de uma parceria com a DL, responsável pela distribuição.
A DL também presta esse serviço para a Xiaomi, que tinha 15% do mercado e era a terceira com mais vendas na América Latina no último trimestre de 2024, de acordo com a Counterpoint.
A Xiaomi está no Brasil de forma ininterrupta desde 2019 – o primeiro lançamento da empresa no país aconteceu em 2015.
A Infinix, da chinesa Transsion, está no Brasil desde 2021 em parceria com a Positivo, que fica responsável pela montagem dos aparelhos no país.
Chinesas dominam mercado cinza
Os celulares chineses são maioria no mercado cinza, termo que se refere a aparelhos que não seguem todas as regras, como a certificação pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Em 2024, a Amazon e o Mercado Livre tiveram que tirar ofertas dos maiores vendedores de celulares irregulares de seus marketplaces, em que terceiros podem usar os sites como vitrines para anunciar seus produtos.
Para saber se o celular tem certificação, portanto, é regular, basta visitar este link e informar o IMEI, que pode ser encontrado na caixa ou na bateria do celular ou ao ligar para *#06# – saiba mais sobre o IMEI.
Batizado de Consulta Celular Legal, o site também diz se o smartphone foi roubado ou furtado. Em todas essas situações, a agência pode bloquear a conexão do aparelho e impedi-lo de fazer ligações e se conectar à internet.
Se houver irregularidade sobre a certificação, ele apresenta a mensagem “O IMEI informado possui restrição de uso”. Neste caso, a orientação é entrar em contato com a loja que vendeu o aparelho ou com a fabricante.
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