China acelera desenvolvimento de carros voadores e expande economia de baixa altitude

A China está se preparando para liderar a produção em larga escala de carros voadores, com a empresa Xpeng Aeroht planejando iniciar a fabricação em massa de seu modelo modular já em 2026. Segundo informações do Straits Times, o veículo inovador combina um drone de passageiros com um automóvel terrestre, permitindo deslocamentos híbridos que podem reduzir o tempo de viagem e facilitar o acesso a áreas remotas.
A iniciativa faz parte do esforço chinês para expandir sua “economia de baixa altitude”, setor que inclui drones para entregas, táxis aéreos e serviços de transporte rápido por helicóptero.
Estimativas indicam que essa indústria pode movimentar cerca de 1 trilhão de yuans (US$ 184 bilhões) até 2025 e triplicar esse valor até 2030. O governo chinês tem dado prioridade ao setor, incluindo-o em seu plano econômico anual e promovendo regulações para viabilizar seu crescimento.
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Xpeng já começou a construção de uma fábrica capaz de produzir 10 mil unidades por ano, e seu modelo demonstrou sucesso em testes públicos, acumulando mais de 3 mil reservas. No entanto, desafios regulatórios ainda impedem a comercialização em larga escala. A empresa enfrenta a necessidade de certificações duplas — tanto como veículo terrestre quanto como aeronave — além de definir regras para decolagem e a formação de pilotos.
O governo chinês vem intensificando os esforços para estabelecer regras claras e construir a infraestrutura necessária, como pontos de pouso e corredores aéreos exclusivos. Paralelamente, outras montadoras, incluindo a estatal GAC Group, também estão investindo no setor, indicando que a corrida pelos carros voadores está apenas começando.
Inicialmente, os veículos deverão ser utilizados em turismo e missões de resgate de curta distância, mas a tendência é que, com o avanço das regulações e da tecnologia, os carros voadores se tornem um meio de transporte viável no cotidiano urbano. Sendo um dos primeiros países a apostar nessa inovação, a China busca consolidar sua liderança global na mobilidade aérea do futuro.
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