China apresenta computador quântico com velocidade inédita, superando supercomputadores atuais em trilhões de vezes

Pesquisadores chineses revelaram um novo computador quântico supercondutor que pode representar um salto significativo na computação de alto desempenho.
Desenvolvido pela Universidade de Ciência e Tecnologia da China (USTC), o processador quântico Zuchongzhi-3 teria uma velocidade 15 ordens de magnitude superior à do supercomputador mais potente da atualidade, estabelecendo um novo marco na computação quântica.
Os cientistas destacam que o avanço foi possível graças à otimização na fabricação e na configuração da fiação do processador, permitindo um desempenho sem precedentes. O estudo, publicado na Physical Review Letters e divulgado pelo jornal britânico The Independent, aponta que o novo chip supera em seis ordens de grandeza os resultados mais recentes da Google, divulgados em outubro de 2024.
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A computação quântica tem sido uma corrida global, com empresas como Google e China disputando a liderança. Em 2019, o processador Sycamore, do Google, estabeleceu um marco ao concluir um problema de amostragem de circuitos aleatórios em 200 segundos – tarefa que levaria cerca de 10 mil anos para ser simulada pelo supercomputador mais veloz da época.
Agora, o Zuchongzhi-3 leva essa capacidade a um novo patamar, tornando inviável a replicação de seus cálculos até mesmo pelo supercomputador Frontier, que levaria cerca de 5,9 bilhões de anos para executar a mesma tarefa.
Esse avanço reforça o conceito de vantagem quântica, ou seja, o momento em que os computadores quânticos superam definitivamente os clássicos em determinadas aplicações. A nova tecnologia pode abrir caminho para avanços significativos em descoberta de medicamentos, inteligência artificial e resolução de problemas complexos do mundo real.
A computação quântica tem se beneficiado de investimentos crescentes e de inovações nos chips, como os últimos lançamentos da Intel, AWS e Google, que também buscam aumentar a estabilidade e a eficiência desses processadores.
Com o novo avanço da China, a corrida para tornar a computação quântica comercialmente viável entra em uma nova fase, aproximando-se de aplicações práticas que podem revolucionar diversos setores.
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