China investe pesado em IA e tecnologia emergente com novo fundo bilionário

China

A China anunciou a criação de um fundo estatal para impulsionar setores estratégicos como inteligência artificial, computação quântica e armazenamento de hidrogênio. Segundo informações da CNN, a iniciativa, que deve atrair cerca de 1 trilhão de yuans (US$ 138 bilhões) ao longo de 20 anos, busca fortalecer a inovação e reduzir a dependência de tecnologia estrangeira.

O anúncio ocorre em um momento de crescente restrição dos EUA ao fornecimento de chips avançados para empresas chinesas. No entanto, autoridades do país afirmam que essa pressão tem acelerado o desenvolvimento de soluções locais.

Zheng Shanjie, chefe da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, destacou o rápido progresso da China em microchips e IA, reforçando que o país está cada vez mais competitivo no cenário global.

Um dos casos mais emblemáticos desse avanço é o da DeepSeek, cujo modelo de IA R1 surpreendeu ao rivalizar com tecnologias de ponta, como GPT-4 e Gemini, mesmo utilizando chips menos potentes. Esse sucesso mostra que, apesar das sanções, a inovação chinesa continua evoluindo.

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Além do investimento em tecnologia, o governo chinês pretende estimular o consumo interno para sustentar o crescimento econômico. Entre as medidas previstas estão incentivos fiscais, aumento no orçamento público e programas para renovação de veículos e eletrônicos. A ideia é reduzir a dependência das exportações, que impulsionaram a economia nos últimos anos, mas sofrem impacto da crescente tensão comercial com os EUA.

Outra frente do governo é o apoio às empresas privadas, que representam mais de 60% do PIB e 80% dos empregos do país. Após um período de regulamentações rígidas que afetaram setores como tecnologia e educação, Pequim sinaliza uma mudança de postura. O novo arcabouço legal para incentivar negócios privados visa dar mais segurança jurídica e reativar investimentos internos.

No longo prazo, essa estratégia busca consolidar a China como potência global em inovação e tecnologia. Com políticas de estímulo e investimentos de grande escala, o país quer garantir seu protagonismo em setores essenciais para o futuro da economia digital, mesmo diante das barreiras impostas por concorrentes internacionais.

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